Companhia Petróleos do Brasil: diferenças entre revisões

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Mas gás não era petróleo. A política oficial do governo brasileiro dizia e redizia que no Brasil não podia haver petróleo. Se houvesse algum, os americanos, espertos como eram, já o teriam descoberto, argumentavam os líderes empresariais brasileiros, à época. Monteiro Lobato pensava diferente. Ele achava que o ferro (aço) e o petróleo, que eram a base da prosperidade norte-americana, também poderiam ser a do Brasil.
 
Lobato sentiu na própria pele que não era fácil desafiar o governo, e seus poderes institucionais. Todas as suas iniciativas foram sabotadas. Lobato recebia ameaças, e nada do que requeria do poder público era deferido. Isso o levou a escrever uma carta cívica ao ditador [[Getúlio Vargas]], onda dava conselhos e fazia reclamações contra o [[Conselho Nacional do Petróleo]] <ref name=CARTA>[http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/monteirolobato/cartaget.html. MONTEIRO LOBATO, José Bento Renato. ''Carta ao Presidente Getúlio Vargas. São Paulo: São Paulo, 20 de janeiro de 1935]</ref>. Vargas nunca respondeu à carta de Lobato; ao invés, mandou prendê-lo em 1941, acusando-o de querer desmoralizar o [[Conselho Nacional do Petróleo]].
 
Desanimado em relação à resistência do governo, Lobato desistiu de vez da militância nacionalista quando comprovou que a [[Standard Oil Company]] (precursora da Exxon, Esso) estava mapeando todas as áreas potencialmente petrolíferas do Brasil, desde o final do século 19, com a conivência dos órgãos oficiais do governo brasileiro <ref name=ESCANDALO>[[Monteiro Lobato|MONTEIRO LOBATO]], José Bento Renato. ''O escândalo do petróleo.'' São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1ª EDIÇÃO, 1936.</REF>.