Angiostrongylus costaricensis: diferenças entre revisões

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'''''Angiostrongylus costaricensicostaricensis''''' é um [[helminto]] [[nematódeo]] causador da angiostrongilose abdominal. É próprio[[endémico]] do [[continente]] [[americano]]. Roedores[[Roedor]]es silvestres[[silvestre]]s são hospedeiros[[hospedeiro]]s definitivos e moluscos[[molusco]]s terrestres, como o caramujo-gigante-africano (lesmasde nome científico ''[[Achatina fulica]]'') são hospedeiros intermediários, parasitaparasitando ocasionalmente seres humanos[[humano]]s.
 
==Anatomia==
* Agente etiológico
O agente etiológico é o Angiostrongylus costaricensi, um helminto nematódeo da família Angiostrongylidae. Nos dois sexos, a abertura oral é rodeada por pequenos lábios. O macho mede 20 mm, com uma bolsa copulatória e duas espículas de 0,3 mm. A fêmea mede 33 mm, e o ânus e a vulva estão localizados próximos da extremidade caudal.
 
==Ciclo de vida==
No hospedeiro definitivo: o parasito, nos ramos das artérias mesentéricas, acasala-se e as fêmeas eliminam ovos na mucosa intestinal, onde eles eclodem e originam larvas que são expelidas nas fezes.
 
*Ciclo
No hospedeiro definitivo: o parasito, nos ramos das artérias mesentéricas, acasala-se e as fêmeas eliminam ovos na mucosa intestinal, onde eles eclodem e originam larvas que são expelidas nas fezes
No hospedeiro intermediário: as lesmas ingerem as larvas infectantes e estas evoluem até a forma infectante para o hospedeiro vertebrado
A infecção ocorre através da ingestão de moluscos infectados ou alimentos contaminados com sua secreção mucosa
Nos humanos, por serem hospedeiros anormais, não há liberação de larvas, mas formam-se nódulos na submucosa intestinal
 
*==Sintomatologia==
As manifestações clínicas da angiostrongilose são abdominais, além de febre e astenia, dor que  simula apendicite ou cecite, pois o parasito localiza-se nos ramos da artéria mesentérica superior, onde pode causar obstrução e necrose regional.
 
*==Patogenia==
Na maioria dos casos, as lesões estão localizadas na região ílio-cecal. Outros locais: flexura hepática, colon descendente, linfonodos regionais, fígado, testículos.
O verme adulto pode causar danos no endotélio, induzindo trombose e necrose. Ou os produtos de excreção, ovos, larvas podem causar reação inflamatória.
 
Esses fenômenos, a susceptibilidade dos pacientes, a localização do parasita determina as diferenças clínico-patológicas.
 
*==Diagnóstico==
O diagnóstico clínico é baseado nos sintomas, que podem ser confundidos com apendicite. Algumas vezes, o diagnóstico é feito depois da cirurgia. Exames com bário podem mostrar danos no colon, que parecem malignos.
 
Nos ratos infectados, a larva no primeiro estágio pode ser facilmente identificada, entretanto isso não ocorre em humanos, nos quais um teste imunológico (imunoeletroforese ou imunodifusão) deve ser usado para confirmar os casos suspeitos.
 
A aglutinação pelo látex (rápida e barata) dá resultados sensíveis e específicos.
 
*==Profilaxia==
O controle dessa doença se faz pelo combate aos roedores, pelo cuidado no preparo dos alimentos e cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos.
 
*==Tratamento==
Cirurgia, quando necessário. Entretanto se o aumento da doença for auto-limitado, podem ser usadas drogas com “remissão” dos sintomas, tais como: dietilcarbamazina, tiabendazol e albendazol.
 
Não há evidências objetivas que a cura provenha do uso dessas drogas.
Experimentos mostram que o parasita é excitado com as drogas, em vez de ser morto, causando migrações erráticas e piorando as lesões, assim em alguns pesquisadores acreditam que o bloqueio da oviposição pode ser benéfico como estratégia para o tratamento.
Em experimentos realizados, animais que receberam fenantrolina obtiveram,
quase sempre, as médias mais baixas de larvipostura por dia após a infecção.
 
*Epidemiologia
A doença foi observada em crianças da Costa Rica no início dos anos 50, e o parasita foi descrito em 1971. Casos em seres humanos foram relatados dos Estados Unidos à Argentina, também em ilhas Caribenhas. Em 1993, mais de 650 casos foram diagnosticados na Costa Rica (21.6 casos por 100,000 pessoa ao ano). Um caso autóctone foi reportado, mais recentemente, na África (Zaire).
No Brasil, segundo Pena et al, até 1995 apenas 42 casos haviam sido reportados, sendo 27 no Rio Grande do Sul, 4 em Santa Catarina, 4 no Paraná, 3 em São Paulo, 2 no Distrito Federal, um em Minas Gerais e um em Espírito Santo.
 
 
Em experimentos realizados, animais que receberam fenantrolina obtiveram, quase sempre, as médias mais baixas de larvipostura por dia após a infecção.
 
*==Epidemiologia==
A doença foi observada em crianças da Costa Rica no início dos anos 50, e o parasita foi descrito em 1971. Casos em seres humanos foram relatados dos Estados Unidos à Argentina, também em ilhas Caribenhas. Em 1993, mais de 650 casos foram diagnosticados na Costa Rica (21.6 casos por 100,000 pessoa ao ano). Um caso autóctone foi reportado, mais recentemente, na África (Zaire).
No Brasil, segundo Pena et al, até 1995 apenas 42 casos haviam sido reportados, sendo 27 no Rio Grande do Sul, 4 em Santa Catarina, 4 no Paraná, 3 em São Paulo, 2 no Distrito Federal, um em Minas Gerais e um em Espírito Santo.
 
*==Referências==
1. #MORERA, P. INTESTINAL PARASITES (Helminths) NEMATODA Order: Strongylida / ANGIOSTRONGYLUS COSTARICENSIS . Disponível em: <http://www.cdfound.to.it/hTML/angio.htm>
2. #DEPTO PARASITOLOGIA UFRGS. Angiostrongylus costaricensis. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/para-site/Imagensatlas/Animalia/Angiostrongylus%20costaricensis.htm>
3. #MENDONÇA, L. G. F.; CARVALHO, O. S.; LENZI, H. L. Ciclo evolutivo do Angiostrongylus costaricensis no hospedeiro intermediário Sarasinula marginata Semper, 1885 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822002000200013>
4. #MENTZ, M. B. Estudo sobre a inibição da oviposição em Angiostrongylus costaricensis Morera & Céspedes, 1971 (Nematoda: Angiostrongylidae). Disponível em: <http://www.iptsp.ufg.br/download/2005_34(2)157_159.pdf>
5. #PENA, G. P. M.; FILHO, J. S. A.; ASSIS, S. C. Angiostrongylus costaricensis: first record of its occurrence in the state of Espirito Santo, Brazil, and a review of its geographic distribution. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rimtsp/v37n4/a16v37n4.pdf>
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[[categoria:Helmintologia]]