Docetismo: diferenças entre revisões

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'''Docetismo''' (do [[ grego]] '''δοκέω''' [dokeō], "para parecer") é o nome dado a uma doutrina [[cristianismo|cristã]] do [[século II]], considerada [[heresia|herética]] pela [[Igreja primitiva]], que defendia que o corpo de [[Jesus Cristo]] era uma ilusão, e que sua crucificação teria sido apenas aparente. Não existiam '''docetas''' enquanto seita ou religião específica, mas como uma corrente de pensamento que atravessou diversos estratos da Igreja.
 
Esta doutrina é refutada para a Igreja Católica e pelos [[protestante]]s no [[Evangelho de São João]], no primeiro capítulo, onde se afirma que "o Verbo se fez carne". Autores cristãos posteriores, como [[Inácio de Antioquia]] e [[Ireneu de Lião]] deram os contributos teológicos mais importantes para a erradicação deste pensamento, em especial o último que, na sua obra ''[[Adversus Haereses]]'' defendeu as ideias principais que contrariavam o docetismo, ou seja, a teologia do [[Cristocentrismo]], a recapitulação em [[Cristo]] do Homem caído em pecado e a união entre a [[Criação]], o [[pecado]] e a [[Redenção]].
 
A origem do docetismo é geralmente atribuída a correntes [[gnosticismo|gnósticas]] para quem o mundo material era mau e corrompido e que tentavam aliar, de forma racional, a [[Revelação]], diposta nas escrituras à filosofia grega. Esta doutrina viria a ser condenada como heresia no [[Concílio Ecumênico de Calcedônia]].