Manuel Laranjeira: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
PatiBot (discussão | contribs)
m Desambiguação assistida por bot: Espinho
Linha 1:
'''Manuel Laranjeira''' (n. [[Mozelos|São Martinho de Mozelos]] - [[Santa Maria da Feira]], [[17 de Agosto]] de [[1877]] - m. [[Espinho (Portugal)|Espinho]], [[22 de Fevereiro]] de [[1912]]), escritor português.
 
Oriundo de uma família modesta, é graças à herança recebida de um tio brasileiro que '''Manuel Laranjeira''' prossegue estudos secundários. É desta época (1898) a publicação de ''Os Filósofos''.
Linha 5:
Dedica-se desde novo à poesia e ao teatro, colaborando em diversas publicações periódicas, como a ''Revista Nova'', ''A Arte'', ''A Voz Pública'' e ''O Norte'', assinando crónicas (hoje compiladas) sobre temas tão diversos como política, crítica social, religião, literatura e outras artes, medicina, filosofia ou educação.
 
Em [[1898]] fixa residência em [[Espinho (Portugal)|Espinho]], ao número 275 da Rua Bandeira Coelho (actual Rua 19) e matricula-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, iniciando o curso superior de Medicina. É desta época o prólogo dramático ''Amanhã'' ([[1902]]).
 
Formado em Medicina [[1904]], desenvolve intervenções de natureza social e política. É deste modo que o vemo-lo agir politicamente, por exemplo, na Comissão de Propaganda do Centro Democrático de Espinho, e socialmente entrando em confronto, com polémicas crónicas na imprensa, com os ricos portugueses vindos do Brasil, ou com os doutores da Escola Médica do Porto, que criticou acerrimamente. Desta época são as suas conferências sobre biologia e o drama ''Às Feras'' ([[1905]])
Linha 11:
Em [[1907]] inicia a sua tese de doutoramento, ''A doença da Santidade'' - com a qual obtém a classificação de 19 valores. Viaja entretanto até [[Madrid]], visitando o [[Museu do Prado]] e mostra interessa em fixar-se em [[Paris]] onde se encontrava o pintor e amigo [[Amadeo de Souza-Cardoso]].
 
Em 1908 conhece [[Miguel de Unamuno]] em [[Espinho]], trocando com ele correspondência. É vasta a correspondência de '''Manuel Laranjeira''' (toda ela publicada e compilada) com [[Miguel de Unamuno|Unamuno]], [[João de Barros]], [[António Patrício]], [[Afonso Lopes Vieira]], [[Teixeira de Pascoaes]], [[Teófilo Braga]], [[Ramalho Ortigão]], [[Amadeo de Souza-Cardoso]], entre outros.
No entanto, ainda novo, sentindo os efeitos da doença (uma sífilis nervosa), desiludido com a inépcia dos políticos e com a falta de incentivos culturais no quotidiano nacional, foi sujeito a crises depressivas, oscilando a sua vida entre o prazer e uma profunda tristeza e tédio. Muitos destes sentimentos moldam o seu caracter reflectido nos seus escritos. Esta disposição acentua-se progressivamente, e as crises de depressão agravam-se.