História da Bahia: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Expalacioestado.jpg|thumb|200px|[[Palácio da Aclamação|Antigo Palácio do Governo do Estado]]. É vísivel a riqueza do periodo.]]
 
A economia do litoral foi [[extrativismo|extrativista]]. A princípio, [[pau-brasil]], valorizado na [[Europa]] como pau de tinta e disputado por comerciantes portugueses, contrabandistas e piratas. Depois, incluíram-se na pauta de exportação e contrabando madeiras para a construção naval e civil, cortadas entre [[Ilhéus]] e [[Valença (Bahia)|Valença]]. Em [[1722]], os jesuítas do Colégio da Bahia instalaram uma serraria hidráulica em Camamu à qual se somavam mais duas de terceiros, no final do século. No imposto extorquido para a reconstrução de [[Lisboa]], após o terremoto, a vila pagaria sua contribuição com madeira e farinha de mandioca. Desde a coroação de [[José I de Portugal|Dom José I]], em [[1750]], e a nomeação do conde de Oeiras, futuro [[Marquês de Pombal]] como primeiro-ministro, havia-se inaugurado uma política mais atuante com relação ao Brasil e, em particular, à [[Bahia]].
 
Pela Carta Régia datada de [[1755]], decidiu-se transformar em vilas as missões jesuíticas, com a intenção de afastar os índios da influência dos padres. São criadas as vilas de [[Prado]] ([[1755]]), antiga Aldeia de Jucururu; [[Alcobaça (Bahia)|Alcobaça]] ([[1755]]), com território desmembrado de [[Caravelas]]; Nova Santarém ([[1758]]), antiga aldeia de São Miguel e Santo André de Serinhaém, atual cidade de [[Ituberá]]; [[Barcelos]] ([[1758]]), ex-aldeia de Nossa Senhora das Candeias, emancipada de [[Camamu]]; [[Trancoso (Bahia)|Troncoso]] ([[1759]]), ex-aldeia de S. João Batista dos Índios; [[Vale Verde]] ([[1759]]), antiga Aldeia do Espírito Santo; [[Maraú]] (1761), ex-Aldeia de S. Sebastião de Maraú.
 
Por solicitação de Dom [[Marcos de Noronha]], [[Conde dos Arcos]], e através de Provisão do Conselho Ultramarino de [[4 de março]] de [[1761]], [[D. José I]] ordenou ao ouvidor da Comarca da Bahia, Desembargador Luís Freire Veras, que tomasse posse da [[Capitania dos Ilhéus]] para a Coroa. Igual providência foi adotada com relação à [[Capitania de Porto Seguro]], transformando-se as duas em comarcas. Estas medidas estavam relacionadas com a preocupação do Governo Geral em controlar o contrabando no litoral sul e proteger as populações da região de Cairu e Camamu, centros de abastecimento da capital, contra os freqüentes ataques dos [[Guerens]], que voltaram a atacar, no período entre 1749 e 1755. Foram elevadas a vila a Aldeia de [[Belmonte (Bahia)|Belmonte]] ([[1765]]); a missão de N. S. da Escada, com o nome de [[Nova Olivença]] ([[1768]]), em Ilhéus; o povoado de Campinhos ([[1720]]), com a denominação de [[Vila Viçosa]] ([[1768]]) e a Aldeia do Mucuri, com o nome de São José de Porto Alegre ([[1769]]), atual cidade de [[Mucuri]]. Três destes municípios foram supressos nas três primeiras décadas do século atual: Vila Verde, Trancoso e Barcelos. Com a mudança da capital do país para o [[Rio de Janeiro (capital)|Rio de Janeiro]], o Governo da Bahia ordenou em [[1777]] ao Ouvidor de [[Porto Seguro]] criar paradas de correio, vilas e povoações entre Salvador e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], mas pouca coisa se fez. No fim do [[século XVIII]], a Povoação de Amparo, à margem do [[rio Una]], foi levada a vila com o nome de [[Valença]] ([[1799]]), sendo seu território desmembrado de [[Cairu]].
 
De nada valeu o protesto de Silva Lisboa, juiz conservador das matas, em [[1779]], contra a devastação da Mata Atlântica. Ainda no início do [[século XIX]] o inglês [[Thomas Lindley]] seria preso em [[Porto Seguro]] por contrabando de [[pau-brasil]], cujo comércio foi monopólio do Estado até [[1859]].