Jorge de Hesse-Darmestádio

político francês

Jorge Luís de Hesse-Darmestádio (25 de abril de 1669 - 13 de setembro de 1705) foi um marechal-de-campo no exército austríaco. É conhecido pela sua carreira na Espanha controlada pelos Habsburgo como vice-rei da Catalunha (1698-1701), chefe do exército austríaco na Guerra de Sucessão Espanhola (1701-1705) e governador de Gibraltar em 1704. É conhecido em Espanha por Jorge de Darmestádio e na Catalunha por Jordi Darmestádio.

Jorge
Conde de Hesse-Darmestádio

Jorge
Nascimento 25 de abril de 1669
Morte 13 de setembro de 1705 (36 anos)
Pai Luís VI de Hesse-Darmestádio
Mãe Isabel Doroteia de Saxe-Gota-Altemburgo

Família editar

Jorge era o segundo filho do segundo casamento do conde Luís VI de Hesse-Darmestádio com a duquesa Isabel Doroteia de Saxe-Gota-Altemburgo. Os seus avós paternos eram o conde Jorge II de Hesse-Darmestádio e a princesa Sofia Leonor da Saxónia. Os seus avós maternos eram o duque Ernesto I de Saxe-Gota e a duquesa Isabel Sofia de Saxe-Altemburgo.[1]

Primeiros anos editar

Após a morte prematura do seu pai, Jorge foi criado pela sua mãe, a duquesa Isabel Doroteia de Saxe-Gota-Altemburgo. Em 1686 realizou a sua viagem de estudo pela França e Suíça.

Sendo um filho mais novo, tinha poucas hipóteses de vir a herdar Hesse-Darmestádio, por isso seguiu uma carreira militar.

Carreira militar editar

A primeira batalha de Jorge foi contra os turcos sob as ordens do príncipe Eugénio de Saboia, estando presente na Batalha de Mohács. Depois juntou-se a Guilherme III de Inglaterra na campanha irlandesa. Após o seu regresso decidiu converter-se ao catolicismo e tornou-se general-major do exército austríaco em 1692, quando tinha vinte e três anos de idade.

Depois lutou contra os franceses na Guerra dos Nove Anos. Em 1695, o imperador da Áustria enviou-o para Espanha no comando de uma unidade de dois mil soldados alemães para ajudar a defender a Catalunha contra as forças terrestres e navais francesas.

Em 1697 defendeu Barcelona que estava a ser atacada por Vendôme por terra e pelo almirante D'Estrées por mar. A cidade acabou por se render ao fim de cinquenta e dois dias por ordem de Madrid, mas contra a vontade de Jorge.

Últimos anos editar

Depois da guerra foi honrado em Espanha com a Ordem do Tosão de Ouro em 1697. Depois da retirada dos franceses tornou-se vice-rei da Catalunha, sendo registado nos cadernos oficiais espanhóis como Jorge de Darmestádio. Aprendeu a falar um pouco de catalão e deu início a algumas reformas que o tornaram muito popular na região. Em 1699 foi nomeado general da cavalaria.

No entanto, em 1700, o rei Carlos II morre e é sucedido pelo francês Filipe V. O príncipe Jorge acabaria por ser substituído em 1701 por um vice-rei pró-Bourbon, Luís António Tomás Fernández de Portocarrero e regressou à Áustria. Lá, o imperador Leopoldo ordenou-lhe que negociasse uma aliança com a Inglaterra e Portugal para apoiar os direitos ao trono de Espanha do seu filho, o arquiduque Carlos.

Depois do rebentar da Guerra de Sucessão Espanhola foi nomeado comandante das tropas austríacas que apoiavam a causa do arquiduque Carlos em Espanha. Em 1704, sob o seu comando, mil e oitocentos marinheiros holandeses e ingleses chegaram a Gibraltar, conquistaram a fortaleza e defenderam-na com sucesso contra um ataque espanhol e francês. Quando o ataque acabou, em 1705, Jorge deixou Gibraltar e comandou o exército que tinha como objectivo conquistar Barcelona, acabando por ser morto a 13 de setembro durante o ataque à cidadela de Montjuich.

O seu corpo foi embalsamado e enterrado na Església dels Josepets de Gràcia. O seu coração foi enviado para Darmestádio em 1711 onde permanece no Stadtkirche até hoje. É conhecido entre os catalães como Príncep Jordi e existe uma rua em Barcelona com o seu nome: Carrer del Príncep Jordi.

Referências

  1. C. Arnold McNaughton, The Book of Kings: A Royal Genealogy, in 3 volumes (London, U.K.: Garnstone Press, 1973), volume 1, page 114.