Laranja-da-Bahia (também escrita laranja-da-baía, e conhecida também como laranja-Bahia e laranja-de-umbigo) é um cultivar de laranja.

Laranjas-da-baía

Características editar

 
Uma laranja-da-baía ao lado de uma laranja-pera.

Originária da Bahia, esta variedade não possui sementes e sua casca é grossa, de um laranja forte é fácil de retirar. Sua polpa é consistente, granulada e de um tom alaranjado vivo.[1][2] É uma laranja grande, com uma protuberância ou cavidade carnuda no lado oposto à haste, a que deve seu apelido de laranja-de-umbigo.[3] Este "umbigo" é na verdade uma segunda laranja que nasce nesta extremidade, mas não se desenvolve completamente.[4]

Os pés de laranja-da-baía têm grande porte. Suas copas de folhas verde escuras e grandes, são arredondadas e com muita folhagem. Podem produzir de 150 a 250 kg de laranjas por árvore. Seus frutos maturam geralmente entre abril e junho, com pico em maio.[2]

É muito usada em saladas.[1]

História editar

A laranja-da-baía é provavelmente uma mutação natural que teria ocorrido em Salvador, Bahia, no bairro do Cabula, por volta de 1800.[5][2][1] Acredita-se que tenha se originado da laranja-seleta.[1]

Suas mudas passaram a ser disputadas. Mudas foram enviadas pelos serviços diplomáticos dos Estados Unidos pra Riverside, na Califórnia. Daí saíram as mudas que se espalharam não só pelos EUA, mas pelo mundo, agora chamadas de Washington Navel.[2]

Galeria editar

Referências

  1. a b c «Quais são as diferenças entre os tipos de laranja?». Mundo Estranho 
  2. a b c d Eduardo Henrique da Silva Figueiredo Matos (Julho de 2007). «Dossiê Técnico - Cultivo da Laranja». Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília 
  3. «Laranja» 
  4. «Who Put The Navel In Navel Oranges?». Science out of the box. National Public Radio. 18 de abril de 2009. Consultado em 21 de maio de 2013 
  5. Souza, Ivana Carolina Alves da Silva. Design cognitivo colaborativo para ambientes virtuais: o caso do Portal TBC Cabula. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Educação, Salvador, 2018, p. 60s