Estamira

filme de 2004 dirigido por Marcos Prado

Estamira é um documentário brasileiro dirigido por Marcos Prado e produzido por José Padilha, lançado em 2005.

Estamira
 Brasil
2005 •  cor •  121 min 
Género documentário
Direção Marcos Prado
Produção José Padilha
Roteiro Marcos Prado
Elenco Estamira
Idioma português

Sinopse editar

Estamira Gomes de Sousa, conhecida por protagonizar documentário homônimo, foi uma senhora que apresentava distúrbios mentais, vivia e trabalhava (à época da produção do filme) no aterro sanitário de Jardim Gramacho, local que recebe os resíduos produzidos na cidade do Rio de Janeiro. Tornou-se famosa pelo seu discurso filosófico, uma mistura de extrema lucidez e loucura, que abrangia temas como: a vida, Deus, o trabalho e reflexões existenciais acerca de si mesma e da sociedade dos homens. "Ela acreditava ter a missão de trazer os princípios éticos básicos para as pessoas que viviam fora do lixo onde ela viveu por 22 anos. Para ela, o verdadeiro lixo são os valores falidos em que vive a sociedade", comentou Marcos Prado, diretor do filme. O documentário "Estamira" teve repercussão internacional, angariando muitos prêmios e o reconhecimento da crítica.

Estamira, que sofria de diabetes, morreu aos 70 anos por consequência de uma septicemia,[1] ela foi internada no dia 26 de setembro por causa de uma infecção no braço, após dois dias no aguardo de atendimento no corredor do hospital, o quadro avançou para uma infecção generalizada, o qual ela não resistiu, ela faleceu no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro em 28 de setembro de 2011. Marcos Prado, diretor do documentário que retratou parte de sua vida cotidiana, lançou uma nota de pesar e lamentou o descaso que ele e Ernani, filho de Estamira, dizem ter sofrido Estamira, na nota entre outras Marcos Prado relata "Estamira ficou invisível pela falência e deficiência de nossas instituições públicas! Morreu depois de ficar dois dias esperando por atendimento nos corredores da morte do nosso maravilhoso serviço público de saúde do Miguel Couto. Ela estava com uma grave infecção no braço, mas foi tardiamente atendida. Obrigado meus políticos de Brasília, do Rio de Janeiro, que roubam nosso dinheiro e enfiam sei lá onde".[2]

Prêmios editar

Prêmio de Melhor Documentário pelo Júri Oficial
Prêmio de Melhor Documentário pelo Júri Oficial
Grande Prêmio do FIDMarseille
Prêmio de "Groupement National des Cinémas de Recherche (GNCR)"
Prêmio de Melhor Documentário
Prêmio de Melhor Filme Longa-Metragem pelo FIPRESCI
Terceiro Prêmio Coral de Documentário
Prêmio de Melhor Documentário em Memória a Pablo de la Torriente Brau
Grande Prêmio de Cinema de Direitos Humanos de Nuremberg
Menção Honrosa
Prêmio Especial do Júri
  • 18° Reencontro de Cinema Latino-americano de Toulouse - 2006
Prêmio SIGNIS de Melhor Documentário
Menção Especial do Júri
  • FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - 2005
Prêmio de Melhor Filme Longa-Metragem
Prêmio de Melhor Filme pelo Voto da Imprensa
Prêmio de Melhor Filme pelo Voto Popular
  • 2º Festival de Cinema de Belém do Pará - 2005
Prêmio de Melhor Filme Longa-Metragem
Prêmio de Melhor Fotografia
  • 11º Cine Eco - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, Serra da Estrela, Portugal - 2005
Prêmio de Melhor Filme
Menção Honrosa da Juventude
  • Ekofilm - 31º Festival Internacional de Cinema Ambiental, República Tcheca - 2005
Prêmio de Melhor Documentário
Prêmio de Melhor Direção de Arte
  • I Festival do Cinema Brasileiro de Goiânia - 2005
Prêmio de Melhor Documentário Longa-Metragem

Referências editar

  1. «Morre Estamira, personagem-título de premiado documentário brasileiro». G1. 28 de julho de 2011. Consultado em 2 de dezembro de 2012 
  2. «Catadora de lixo protagonista de documentário morre no Rio». O Dia. 28 de julho de 2011. Consultado em 2 de dezembro de 2012 

Ligações externas editar

  Este artigo sobre cinema é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.