Estreito dos Mosquitos

O estreito dos Mosquitos é um canal natural, localizado no Maranhão, que separa a ilha de Upaon-Açu (São Luís) do continente.[1]

Estreito dos Mosquitos
—  acidente geográfico  —
Estreito dos Mosquitos
Imagem de satélite da Ilha de Upaon-Açu: com a baía de São Marcos, à oeste; baía de São José/Arraial, à leste/sudeste; o estreito dos Mosquitos separando a ilha do continente, ao sul; e o estreito dos Coqueiros, separando a ilha de Upaon-Açu da ilha de Tauá-Mirim, a sudoeste.
Localização
País(es)

O estreito conecta a baía de São Marcos (oeste) com a baía de São José/baía do Arraial (leste).[1]

O Maranhão tem aproximadamente 640 km de litoral, concentrando 36% manguezais brasileiros, apresentando uma variedade de ambientes estuarinos (rias, reentrâncias, baias, estuários, entre outros). As águas possuem elevada turbidez devido ao aporte de material particulado do continente e das áreas de manguezais, influenciando na coloração do mar. Outra formação vegetal da região é o Campo de Perizes, uma extensa planície fluviomarinha, com extrato predominantemente herbáceo.[1]

A região do Golfão e da Baixada Maranhense foi moldada por movimentos sucessivos de transgressão e regressão marinha ao longo de milhares de anos.[2]

A ilha de Upaon-Açu se localiza entre dois grandes sistemas estuarinos que são as baías de São Marcos do lado direito e de São José do lado esquerdo, na região central do Golfão Maranhense. As duas baías são interligadas na parte sudoeste pelo canais do estreito dos Mosquitos e estreito dos Coqueiros (que separa a ilha de Upaon-Açu da ilha de Tauá-Mirim).[1]

Na baía de São Marcos, deságua a bacia hidrográfica do rio Mearim e seus afluentes, enquanto que, na baía de São José/Arraial, deságuam as bacias hidrográficas dos rios Itapecuru e Munim. Nessa região, a amplitude das marés pode ultrapassar sete metros. A região apresenta muitos igarapés e canais de maré.[1][3]

A fluxo da água ocorre da baía de São José/Arraial em direção à baía de São Marcos, através do canal, em razão de a margem direita do Golfão ser mais elevada que a esquerda.[2]

O ambiente aquático do canal é margeado por manguezais, que vem sofrendo uma ação antrópica. Também se verifica uma pesca artesanal de subsistência por parte dos residentes nas proximidades e outros locais mais distantes.[1]

Foto: Daniel Meneses (O Criativo). Da esquerda para a direita, a ponte metálica que sustenta a adutora do sistema Italuís, a ponte Marcelino Machado e a ponte metálica Benedito Leite.

Parte do estreito se localiza no interior da APA de Upaon-Açu-Miritiba-Alto Preguiças.

Acessos editar

Sobre o estreito dos Mosquitos, existem pontes rodoviárias e ferroviárias ligando o continente à ilha de Upaon-Açu:

  • a ponte Marcelino Machado, na BR-135, composta por duas pontes paralelas de entrada e saída (com 456 e 454 metros de extensão);
  • a ponte metálica Benedito Leite, pertencente à Ferrovia São-Luís-Teresina;
  • a ponte duplicada pertencente à Ferrovia Carajás;
  • a ponte metálica que sustenta a adutora do Italuís, que leva água do rio Itapecuru para a cidade de São Luís.

Referências