Flexibilidade pode ser definida como a capacidade de a estrutura muscular esquelética se estender, sem danos, ferimentos ou lesões e com ampla movimentação numa articulação ou grupos de articulações como a capacidade de uma articulação mover-se com facilidade em sua amplitude de movimento. Embora exista vasta literatura científica sobre o assunto, ainda não há consenso quanto a definição precisa da flexibilidade e outras definições podem ser encontradas.

Exercícios de alongamento podem aumentar a flexibilidade.

A flexibilidade não se apresenta de modo uniforme nas diversas articulações e nos movimentos corporais, sendo comum, em um dado indivíduo, que sua amplitude máxima seja boa para determinados movimentos e limitada para outros.

Tipos de flexibilidade editar

 
Um oversplit da ginasta Irina Tchachina. Demonstração de flexibilidade passiva.

Flexibilidade ativa editar

Flexibilidade ativa é a maior amplitude de movimento alcançada usando apenas a contração dos músculos agonistas e sinergistas, enquanto os antagonistas são alongados. O desenvolvimento deste tipo de flexibilidade pode ser mais difícil pois requer a flexibilidade passiva para assumir a posição inicial e da contração dos músculos agonistas para mantê-la. Algumas atividades que necessitam o desenvolvimento deste tipo de flexibilidade são: Ginástica rítmica, Ginástica olímpica, ballet, Artes marciais, entre outras.[carece de fontes?]

Flexibilidade passiva editar

Flexibilidade passiva é a maior amplitude de movimento que se pode assumir utilizando forças externas, por exemplo: peso do corpo, a ajuda de um parceiro, o uso de aparelhos, entre outros. sobre flexibilidade. A flexibilidade passiva é sempre maior que a flexibilidade ativa,[1] e a diferença entre as duas é chamada de "reserva de movimentos".

Manutenção e aprimoramento editar

 Ver artigo principal: alongamento

Alongamentos são exercícios destinados a manutenção e aprimoramento da flexibilidade. Existem vários métodos de exercícios alongamento, entre eles podemos citar: [carece de fontes?]

  • Alongamento ativo (estático e dinâmico);
  • Alongamento passivo (estático e dinâmico); e
  • Alongamento com a combinação dos dois métodos acima.

Fatores que afetam a flexibilidade editar

 
A idade é um fator que influencia a flexibilidade. Entre 13 e 15 anos ela atinge seu valor máximo.[2]

Vários fatores como idade, sexo, estrutura articular, ligamentos, tendões, músculos, pele, lesões, tecido adiposo, temperatura corporal e temperatura ambiente podem influenciar a flexibilidade e, consequentemente, a amplitude dos movimentos.[carece de fontes?]

Tecido conjuntivo

Quando o músculo alonga, o tecido conjuntivo adjacente fica mais tenso. Além disso, o tipo de tecido desempenha um papel importante na rigidez de uma articulação. Tendões, ligamentos, cápsulas articulares podem ter uma melhora muito limitada na capacidade de alongamento.[2]

Estrutura articular

A flexibilidade por ser afetada pela forma e a direção dos ossos que, por motivos genéticos, são anatomicamente diferentes de indivíduo para indivíduo. Uma melhora da capacidade articular pode ser induzida, de maneira limitada, pelo treinamento intenso.[2]

Massa muscular

Quando muito desenvolvida (como em um fisiculturista), a massa muscular por ser um fator de limitação mecânica. No entanto, isto não afeta a capacidade de alongamento do músculo.[2] A força e a flexibilidade são compatíveis e não eliminam um ao outro.[3]

Idade

Na transição entre a infância e a adolescência a flexibilidade apresenta o seu valor máximo. Por isto, em esportes como Ginástica olímpica, que dependem de uma flexibilidade ótima, os atletas já alcançam o alto nível nesta idade. A musculatura apresenta alterações em função do avançar da idade, como a perda de água e elasticidade dos tecidos, refletindo na perda de capacidade de alongamento muscular. O treinamento regular não é capaz de evitar esta perda fisiológica, mas pode retardá-la até certo ponto.

Sexo

O sexo feminino apresenta maior capacidade de alongamento e elasticidade da musculatura, ligamentos e tendões. Isto pode ser explicado por diferenças na composição corporal, retenção de líquidos e nas diferenças hormonais.[carece de fontes?]

Temperatura

A temperatura ambiente, a temperatura corporal geral e a temperatura muscular específica influem na flexibilidade. A flexibilidade muscular pode aumentar cerca de 20% sob boas condições de aquecimento. Por este motivo, os exercícios de alongamento devem ser realizados após um bom aquecimento, como corrida leve ou exercícios calistênicos.[3]

Benefícios editar

Embora o aprimoramento e manutenção de uma boa amplitude de movimento ajuda a melhorar a qualidade de vida e auxilia no desempenho esportivo, a flexibilidade é um componente frequentemente negligenciado em um programa de condicionamento físico. Entre alguns benefícios, podemos citar:

  • Profilaxia de lesões;
  • Profilaxia postural, profilaxia de desequilíbrio muscular;
  • Otimização das capacidades motoras condicionantes e coordenativas;

Testes de flexibilidade editar

Diversos testes foram propostos para a avaliação deste componente da aptidão física, dentre os quais podemos citar: [carece de fontes?]

  • Teste de Leighton
  • Goniometria
  • Teste de Beighton-Hóran
  • Teste de "Sentar e Alcançar"[4]

Um dos métodos mais aplicados em avaliação da aptidão física em flexibilidade é o teste de "sentar e alcançar".

Ver também editar

Referências

  1. WEINECK, Jurgen. Treinamento Ideal. São Paulo: Manole, 2003.
  2. a b c d WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. Barueri, SP: Manole, 2005.
  3. a b BOMPA, Tudor O. Periodização: Teoria e Metodologia do Treinamento. Phorte Editora. São Paulo, 2002.
  4. WELLS K.F., DILLON E.K. The sit and reach - a test of back and leg flexibility. Res Quart; 23:115-8,1952.

Bibliografia editar

  • ACHOUR JUNIOR, Abdallah. Alongamento e flexibilidade: definições e contraposições Revista Brasileira de atividade Física & saúde, v. 12,n.1,2007.
  • ARAÚJO, Claudio Gil Soares de. Flexiteste - Um Método Completo para Avaliar a Flexibilidade. São Paulo: Manole, 2004.
  • WEINECK, Jürgen. Biologia do esporte. Barueri, SP: Manole, 2005.