A GE C36ME era uma variante da locomotiva C30-7 fabricada pela GE, entre 1977 e 1979 para a Santa Fé e Conrail. Essas máquinas foram reformadas e modernizadas em 1999, sendo repotencializadas com um motor GE 7FDL de 3600 HP, que passaram a serem denominadas de GE C36M ou C36ME. Foram posteriormente alugadas da Union Pacific, recebendo a pintura padrão desta ferrovia.

GE C36ME
GE C36ME
Locomotiva GE C36ME N° 3865 da MRS (Ex-ATSF GE C30-7) em Cruzeiro-SP.
Descrição
Propulsão Diesel-Elétrica
Fabricante GE
Número de encomenda 35 total (Brasil)
09 (2001)
26 (2004)
Modelo GE C30-7 – Modernizada
Ano de fabricação 1977/79 (originais)
Classificação AAR C-C
Tipo de serviço Carga
Características
Bitola 1,600 m
Comprimento 20.500 mm
Largura 3.130 mm
Altura 4.570 mm
Peso da locomotiva 180.000 kg
Peso por eixo 30.000 kg
Tipo de combustível Diesel
Fabricante do motor GE
Tipo de motor 7 FDL
Performance
Potência total 3.600 hp
Operação
Ferrovias Originais ATSF e Conrail
Ferrovias que operou UP
Numeração SIGO 3801-3809 e 3860-3885
Apelidos Rayovac

Local de operação Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro
Proprietário atual MRS
Situação Operacionais

São controladas por gabinetes de microprocessadores iguais as das GE C30-7 fornecidas para a MRS pela Gevisa, a partir da reforma de locomotivas U23C baixadas.

São utilizadas no Brasil em todos os trechos da MRS Logística, atuando preferencialmente nos trens de minério para exportação.

1º Lote editar

Ao todo 9 locomotivas modelo C36ME foram fornecidas pela Helm Financial (HLCX) em 2000 para a MRS sob a forma de leasing entre 2000 e 2001, sendo posteriormente adquiridas. Essas maquinas foram a primeira remessa de locomotivas usadas adquiridas pela MRS no EUA, sendo desembarcadas no Porto do Rio de Janeiro e foram colocadas sobre truques de bitola larga de U23C anteriormente baixadas. Foram colocas em ordem de marcha e pintadas com o padrão da MRS durante a rebitolagem e revisões antes de sua entrega ao tráfego.

Essas maquinas foram alugadas a Ferronorte, durante o período de fevereiro a novembro de 2002, excetuando a 3803 São Joaquim que sofreu um acidente na serra do mar com uma Dash-9 #9041 em maio de 2002, sendo devolvida em janeiro de 2003. Este acidente vitimou o maquinista, o ajudante e deu baixa na Dash-9, além de 55 vagões que ficaram inutilizados.

Sete das locomotivas chegaram com a pintura padrão da Union Pacific, mas com o nome Union Pacific ou apagado ou pintado com uma faixa vermelha e com a inscrição nas laterais Reporting Mark feita pela Helm Financial (HLCX). As maquinas chegaram dos EUA com os seguintes números: 565, 566, 574, 579, 585, 593, 596, 599 e 6901. As outras duas unidades chegaram sem as inscrições "Union Pacific", a 585 e a 6901, esta última com grandes letras "HLCX" nas laterais.

As 565, 566, 574, 579, 585 e 596 originalmente eram da ATSF. Exceto a 565, as demais também trabalharam na Conrail, como CRL e depois CR. As máquinas 593 e 599 originalmente eram da Conrail.

2º Lote editar

As locomotivas do segundo lote, vieram em 2004 com a pintura da Union Pacific sendo numeradas de 3860 a 3885, porém, nenhuma foi repintada durante a rebitolagem e sendo entregues ao tráfego com a pintura original, apenas adesivada MRS, por isso o apelido Rayovac, em referência a famosa pilha elétrica. A partir de 2007 essas locomotivas foram pintadas nas cores da MRS.

Referências editar