Galinha pedrês cântabra
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A galinha pedrês (em castelhano: gallina pedresa), cuca ou franciscana é uma raça autóctone da Cantábria, Espanha.[1] É uma galinha pequena e adaptada ao clima húmido de La Montaña de Cantabria. Ao longo dos anos esta ave de carácter vivo e rústico tem sido um elemento finque da economia de subsitencia do meio rural, pois apesar de não ser uma grande ponedora, sua grande adaptação a permitiu viver do alimento que ela mesma busca, não requerendo praticamente manutenção. Como aves camperas, os galos têm um forte carácter, que lhe permite se impor a raças de maior tamanho que convivem com ele.
Características
editarA primeira descrição morfológica da galinha pedrês aparece numa notícia de data de junho de 1919 em vários jornais de atirada regional. A notícia fala do Concurso Avícola Cantábrico celebrado em Santander nesse mesmo ano, no participavam raças de Astúrias, Vizcaya, Guipúzcoa e Cantábria, exclusivamente. Nela aparece definida a galinha pedrês como uma galinha de patas amarelas e sem plumas, com quatro dedos, bico amarelo, crista singela e orejillas brancas.
Em 1961, o veterinário cântabro Dr. Benito Madariaga da Campa, publicou, através do Departamento de Zootecnia do Conselho Superior de Investigações Científicas, o primeiro padrão morfológico da pedrês baixo o título “Estudos Avícolas. A Raça Pedrês”.:[2]
- Cabeça média e bem formada.
- Crista de médio tamanho, singela e de espessura média. Direita nos animais jovens e de cor vermelha.
- Olho redondo, brilhante, com esclerótica cor vermelha tomate e retina escura.
- Cara fina e de cor vermelha.
- Bico curto encorvado e amarelo.
- Barbillas grandes vermelhas e iguais, no macho longas e em forma de carteira ou pesa.
- Orejillas finas, arrendondadas, rugosas e de cor que oscila do alvo ao creme.
- Pescoço gracioso e bem formado.
- Tarsos direitos, amarelos e sem presença de plumas.
- Dedos médios em tamanho e de cor amarela.
- Ovo médio de cor creme.
No ano 2000 dentro de um artigo publicado numa revista aparece um estándar da pedrês de tipo moderno, é uma galinha tipo atlántico, que tem perdido suas características originais.[3] Também aparecem dentro deste mesmo artigo variações de cor da pedrês, nevada, ou morfológicas, como a pedrês de pescoço pelado.
De acordo com este padrão proposto por Madariaga e a natureza das instâncias existentes na região, está a levar-se a cabo um programa de recuperação da raça.
História
editarDesde finais do século XX, o crescimento económico de Cantabria, a mudança de regimes de exploração de extensiva a estabulaciones e o maior acesso a pensos elaborados para animais, supôs a progressiva substituição da pedrês por espécies que não requeriam adaptação ao clima húmido e a semilibertad e que resultavam nas novas condições bem mais produtivas.
A esta substituição teve que lhe somar o intenso cruze com essas novas galinhas sobretudo para melhorar seu rendimento produtivo, mas também com intenções estéticas de melhorar o barrado, como o daninho cruze com a americana Plymouth Rock que ao ser também uma galinha barrada deu lugar a formas mestizas, com mais volume e peso, chegando aos 4 quilos os machos e 3 quilos as fêmeas. Ademais fez perder outras características como a orejilla branca, o pequeno tamanho e o forte carácter agreste do galo pedrês.
Tudo isto fez que no final dos 1990 se considerasse a raça praticamente extinta.
Actualidade
editarDesde esse momento a Associação Cultural Tudanca começou a busca de instâncias puras que se encontraram o Liébana, Valdeolea e Saja-Nansa que permitiram fixar as características próprias da raça. Desde então com o impulso do Leader Plus do Grupo de Acção Local Saja Nansa e o apoio da Consejería do Meio Rural do Governo de Cantabria, criou-se um centro de selecção e reprodução e uma Associação de Criadores de Galinha Pedrês com uma rede de galinheiros que na actualidade conta com ao redor de 100 galinheiros com mínimo de dez galinhas e dois galos por curral.
Mais recentemente a Associação Cántabra para a Conservação e Alavancagem da Galinha Pedrês, está inmersa na recuperação da galinha, tal e como a descreveram entre outros, o doutor Benito Madariaga da Campa, no ano 1961, dom Salvador Castelló Carreiras no ano 1930, Manuel Plano ou Francisco Cobria em 1934, uma galinha ligeira de carácter vivaz e muito rústica.[4]
Notas
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Pedresa», especificamente desta versão.
Ligações externas
editar- Site dedicado à raça pedrês
- Site da Associação Cántabra para a Conservação e Alavancagem da Galinha Pedrês
- Programa de recuperação em Leader +[ligação inativa]
- Notícia sobre o programa de recuperação no Diario Montañés
- ↑ Asociacion Cántabra para la Conservación y Fomento de la Gallina Pedresa.
- ↑ Madariaga de la Campa, Benito (1961). Estudios Avícolas. La Raza Pedresa. [S.l.]: CSIC"
- ↑ Orozco Piñan, Fernando (2000). Revista Arte Avícola (35)
- ↑ Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Departamento de Zootecnia. Benito Madariaga de la Campa (1961). «La raza pedresa». Estudios avícolas