Gervão
Gervão | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||
Stachytarpheta cayennensis LC. Rich. Vahl | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
|
Gervão, gervão-roxo, gervão-azul, chá-do-brasil ou verônica são os nomes utilizados no Brasil para denominar esta planta que tem como nome científico de Stachytarpheta cayennensis, (LC. Rich.) Vahl. Nativa do Brasil, esta planta é encontrada em quase todos os Estados. Seu porte é herbáceo e pode atingir até 0,80 m de altura. Em certa fase de seu ciclo e dependendo do local em que nasce seu caule e ramos se tornam arroxeados. As inflorescências desenvolvem-se em forma de espiga com flores violeta, lilás ou azuis. Em 1929 já constava como medicinal na farmacopeia brasileira.
UsoEditar
Na medicina popular é utilizado nos problemas gastrointestinais, principalmente nas doenças do fígado. Também como tônica, febrífuga e diurética. Princípios ativos: óleo essencial, taninos, flavonoides, saponinas e alcaloides. Todas as partes da planta são usadas, inclusive a raiz.
Na cultura afro brasileira, principalmente nas casas Jejê-Nagô o gervão é denominado de Ewé ìgbolé entrando nos rituais de folha sagrada, no preparo do abô e consagrado ao orixá Obaluaye. Na África foi identificada por Verger nos cultos Yorubás e descrita de ìrù eku e pasalókê "receita para tratar corpo contraído" (1995:724,107). Alguns seguidores do Candomblé e da Umbanda ainda associam o gervão aos orixás Nanã e Xangô.
ReferênciasEditar
- Verger, Pierre, Ewé, o uso de plantas na sociedade yoruba, Odebrecht and Companhia das Letras, 1995.
Revista Ervas Medicinais ano I nº2.
- José Flávio Pessoa de Barros – Eduardo Napoleão - Ewé Òrìsà - Uso Litúrgico e terapêutico dos Vegetais nas casas de candomblé Jêje-Nagô, Editora Bertrand Brasil.