Guerra siro-efraimita

guerra entre os israelitas e arameus e judeus e assírios

A guerra siro-efraimita era um conflito entre os aliados Peca (r. 752–732 a.C.) de Israel e Rezim (r. 770–732 a.C.) de Arã-Damasco e Acaz (r. 735–716 a.C.) de Judá que havia ocorrido de 735 até 732 a.C., quando o Império Neoassírio era uma potência regional.[1]

Guerra siro-efraimita
Data 735 - 732 a.C.
Local Reinos de Arã-Damasco (a própria Damasco), Israel (Samaria) e Judá (Jerusalém)
Desfecho Vitória assírio-judaica
Mudanças territoriais A Síria e o norte de Israel são dominados pelo Império Neoassírio; Judá se torna um estado tributário do Império Neoassírio.
Beligerantes
Assíria
Reino de Judá
Reino de Arã-Damasco
Reino de Israel
Comandantes
Tiglate-Pileser III da Assíria
Acaz de Judá
Rezim de Arã-Damasco
Peca de Israel

Batalha editar

Peca se uniu a Rezim para criar a coalizão antiassíria, a fim de se livrar de vez da Assíria. Eles tentaram induzir ao rei davidida Acaz por meios diplomáticos para participar da rebelião, mas mesmo assim o rei judeu recusou, já que não viu com bons olhos. Então, os reis de Israel e Arã-Damasco marcharam para Jerusalém, não para invadir Judá militarmente, mas com o motivo de depor o rei davidida, colocando no lugar dele um arameu chamado Bem-Tabel (lit. "Filho de Tabeel").[2][3]

Soubendo disso, Acaz então pediu auxílio a Tiglate-Pileser III (r. 745–727 a.C.) da Assíria para se livrar dos reis de Israel e Arã-Damasco, e em troca deu utensílios e tesouros do Templo de Salomão,[4] fazendo com que o rei assírio marche contra Damasco, mate o rei arameu[5] e invadir a maioria das cidades do Reino do Norte.[6]

Profecia de Isaías editar

 Ver artigo principal: Isaías 7:14

Naquela época, o profeta Isaías havia sido contra energicamente ao rei Acaz instando que Judá não participasse da coalizão antiassíria contra a Assíria. Os argumentos do profeta não eram fundamentados na situação política reinante, já que a guerra havia começado e os exércitos da coalizão estavam em Jerusalém. Isaías diz que Judá deveria confiar diretamente em seu Deus para defendê-lo, não participando da coalizão e nem se atemorizar pois os revoltosos não iriam dominar a Jerusalém.[7] Além disso, o profeta diz a Acaz que a invasão não terá sucesso e lhe diz para pedir um sinal a Deus, porém o rei recusou. Isaías então anuncia que o próprio Deus escolherá o sinal:

Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. Manteiga e mel comerá, quando ele souber rejeitar o mal e escolher o bem. Na verdade, antes que este menino saiba rejeitar o mal e escolher o bem, a terra, de que te enfadas, será desamparada dos seus dois reis.[8]

Ver também editar

Referências

Bibliografia editar

  • Walton, John H.; Hill, Andrew E. (2004). Old Testament Today. Michigan: Zondervan. ISBN 978-03-102-3826-3 
  • Donner, Herbert (1997). História de Israel e dos povos vizinhos. 2. São Leopoldo: Sinodal. ISBN 978-8562865244 
  • Díaz, José Luis Sicre (2016). História de Israel e dos povos vizinhos. Petrópolis: Vozes Limitada 
  • Val, Reinaldo do (2003). A Fisiologia do Amor: Pequenos ensaios sobre grandes momentos do Critianismo à Luz da Verdade. Itaí, São Paulo: Reinaldo do Val. ISBN 978-85-914-2290-6