Haliotis gigantea

espécie de molusco

Haliotis gigantea (em inglês giant abalone) é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Haliotidae. Foi classificada por Gmelin, em 1791. É nativa do oeste do oceano Pacífico.[1][2][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaHaliotis gigantea
H. gigantea var. sieboldii
H. gigantea var. sieboldii
Concha de H. gigantea, vista por baixo.
Concha de H. gigantea, vista por baixo.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Clado: Vetigastropoda
Classe: Gastropoda
Superfamília: Haliotoidea
Família: Haliotidae
Género: Haliotis
Linnaeus, 1758[1]
Espécie: H. gigantea
Nome binomial
Haliotis gigantea
Gmelin, 1791[1]
Sinónimos
Haliotis gigas Röding, 1798
Haliotis tubifera Lamarck, 1822
Haliotis sieboldii Reeve, 1846
(WoRMS)[1]

Descrição da concha editar

Concha ovalada de até 20 centímetros[3] ou pouco mais,[4] com superfície dotada de estrias espirais suaves, mas visíveis, cruzadas por lamelas de crescimento. A coloração vai de marrom a vermelho tijolo, passando pelo laranja. Os furos abertos em sua superfície, cerca de 4, são grandes e bem elevados.[2][5] Região interna da concha madreperolada, iridescente e sem cicatrizes musculares profundas; apresentando o relevo da face externa visível. Ela pode estar recoberta por outros animais marinhos, quando em vida.[2][4]

Distribuição geográfica editar

Haliotis gigantea ocorre em águas rasas da zona nerítica, em áreas rochosas do litoral oeste do oceano Pacífico, no Japão e na Coreia.[2][3] No Japão, é o maior abalone deste país, embora não seja tão grande quanto algumas outras espécies (como Haliotis rufescens).[5]

Pesca, consumo e conservação editar

Esta espécie é comercialmente pescada para o mercado de alimentação na Ásia.[5] Em fevereiro de 2005, uma mortalidade em massa da espécie ocorreu em uma fazenda privada de criação em Shimane, Japão. A taxa de mortalidade atingiu cerca de 84%. Em observações histológicas, partículas bacterinas foram encontradas nos animais afetados. Posteriormente o agente foi identificado como Francisella sp.[6] A espécie também é afetada pelo crustáceo Copepoda ectoparasita Panaietis haliotis Yamaguti, 1936.[1]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d e «Haliotis gigantea» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 18 de maio de 2016 
  2. a b c d Caro, Olivier. «Haliotis gigantea Gmelin, 1791» (em inglês). Idscaro. 1 páginas. Consultado em 18 de maio de 2016 
  3. a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 21. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b «Haliotis gigantea» (em inglês). Gastropods. 1 páginas. Consultado em 18 de maio de 2016. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  5. a b c OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 22. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9 
  6. Kamaishi, T.; Miwa S.; Goto E.; Matsuyama T.; Oseko N. (março de 2010). «Mass mortality of giant abalone Haliotis gigantea caused by a Francisella sp. bacterium.» (em inglês). NCBI. 1 páginas. Consultado em 18 de maio de 2016