Ilha dos Amores (Pampulha)

ilhota na lagoa da Pampulha

A Ilha dos Amores é uma ilha lacustre artificial localizada na Lagoa da Pampulha, no município de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A ilha foi originada pela inundação do terreno circundante pelas águas da lagoa, que se formou em 1938 após represamento do ribeirão da Pampulha.[2][1] Situa-se totalmente isolada das margens da lagoa. O acesso só é possível por meio de barcos e, atualmente, depende de autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).[3] De acordo com o planejamento urbano do município de 1940, projetava-se instalar na ilha uma área de lazer, mas o projeto não foi realizado.[4]

Ilha dos Amores

Ilha dos Amores representada pelo círculo verde
Geografia física
País  Brasil
Localização Belo Horizonte, Minas Gerais[1]
Área 0.0079[2]  km²
Perímetro 0.34[2]  km

Ilha dos Amores, vista da avenida Otacílio Negrão de Lima

A ilha se localiza num compartimento mais raso da lagoa, com profundidades inferiores a 1,0 metro, e próximo aos ribeirões afluentes Ressaca e Sarandi, de onde provém a maioria da poluição e dos nutrientes que chegam à lagoa. Por essa razão, o compartimento da lagoa é afetado por intenso assoreamento.[2]

Planejamento urbano editar

Após a inundação do terreno que formou a Pampulha, uma parte não inundada cercada pela lagoa recebeu a denominação de Ilha dos Amores. A ilha foi idealizada para passeios turísticos e recebeu trabalhos urbanísticos para a criação de um jardim projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx.[5][6] Entre os jardins, seria possível realizar caminhadas por trilhas já existentes, permitindo a visitação. Nas últimas décadas, após poluição da lagoa e o fim das atividades náuticas, a ilha deixou de ser visitada e a prefeitura deixou de realizar a manutenção dos jardins. Atualmente, as árvores cresceram no local e é quase impossível entrar e penetrar na ilha,[3] que se tornou um refúgio de animais silvestres.[7]

Preservação ambiental editar

A preservação da ilha, embora tenha uma área pequena, é relevante para conservação da fauna e da flora. O estudo de zoneamento ambiental coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Governo de Minas Gerais e realizado em parceria com a Universidade Federal de Lavras classifica a localização da ilha dos Amores como prioritária para conservação de répteis e anfíbios.[8][9]

Ver também editar

Referências

  1. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais - IGA (1979). Folha Topográfica - Belo Horizonte (Mapa). [1: 50.000]. IBGE 
  2. a b c d Pinto-Coelho, Ricardo; Santos, Simone (2012). Atlas da Qualidade de Água do Reservatório da Pampulha. Belo Horizonte, Minas Gerais: Recóleo. pp. 10, 11, 13. ISBN 978-85-61502-03-4 
  3. a b Mateus Parreiras (25 de janeiro de 2016). «Infestação na Ilha dos Amores, na Pampulha, é obstáculo para local ser aberto à visitação». Estado de Minas. Consultado em 30 de janeiro de 2017 
  4. «Documentos - Pampulha». urbanismo.br. Consultado em 30 de janeiro de 2017 
  5. Araújo, Guilherme Maciel (2013). Roteiro: Oscar Niemeyer em Belo Horizonte (PDF). [S.l.: s.n.] 92 páginas. ISBN 978-85-98964-13-3 
  6. «Pampulha: Candidata a Patrimônio Cultural da Humanidade». portalpbh.pbh.gov.br. Prefeitura de Belo Horizonte. Consultado em 31 de outubro de 2017 
  7. Gustavo Werneck (6 de julho de 2013). «Conheça a trajetória de Burle Marx, o jardineiro de BH». Estado de Minas. Consultado em 31 de outubro de 2017 
  8. «ZEE :: Zoneamento Ecológico Econômico». Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD. Consultado em 30 de janeiro de 2017 
  9. «GEO Geosisemanet». Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD. Consultado em 30 de janeiro de 2017 
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