Insetário ou entomóforo é a instalação onde se conservam ou se criam insetos; por extensão pode ser também o lugar (museu, instituto, etc.) onde os mesmos são expostos.

Insetário no Museu del Mar, no Uruguai.

Além dos insetos propriamente ditos servem ainda para a exposição ou estudo de outros artrópodes similares, como os aracnídeos.

Etapas de formação de insetário editar

 
O entomólogo espanhol Eugenio Morales Agacino no insetário do CICLA, Manágua (1951).

Basicamente a formação de um insetário tem início com a coleta em campo dos espécimes; esta se dá diretamente na natureza, através de coletores como redes, armadilhas, etc.; durante esse momento é importante anotar-se os dados da captura, como local exato, data, e outras informações que possam aumentar seu valor científico.[1]

Após a coleta os insetos vivos devem ser acondicionados em recipientes onde serão mortos (nestes casos deve-se usar venenos líquidos como acetona, éter, amoníaco, etc) e acondicionados (como envelopes para as borboletas e mariposas; insetos de corpo maleável, por exemplo, devem ser preservados em substância líquida, como o álcool, ao passo que insetos secos podem apresentar a dificuldade de quebra de algumas partes como patas e antenas - neste caso para a sua preservação deve-se usar uma câmara úmida onde o mesmo é reidratado para manuseio.[1]

Uma vez preparados para exibição, os insetos devem ser acondicionados em expositores completamente fechados para se evitar a ocorrência de agentes de putrefação, como fungos e bactérias; uma caixa com tampa transparente é o ideal, dentro da qual deve ser colocado agentes antifúngicos, como naftalina.[1]

Cada espécie deve ser etiquetado, com informações em letras bastante legíveis, indicando os dados elementares: nome vulgar, científico, autoridade, local de captura, etc.

Uso técnico-científico editar

O insetário constitui importante instrumento para a pesquisa de pragas agrícolas, onde proporciona um isolamento externo e controle de indivíduos e suas reações aos agentes que lhes oferece combate; além disso é possível ali se realizar estudos de controle biológico de pragas, como alternativa ao uso inseticidas.[2] Nesta modalidade de insetário é possível a realização de estudos de comportamento e populacional, bem como a interação entre vetores e parasitas, a suscetibilidade de populações a agentes biológicos e a ação de larvicidas.[3]

No Brasil a Fiocruz estabeleceu as normas para o funcionamento desses equipamentos, com a publicação em 2005 dos “Parâmetros de Biossegurança para insetários e infectórios de vetores".[3]

Referências

  1. a b c Aline Helena da Silva Cruz; Elaine Ferreira de Oliveira; Rafael Alves de Freitas (2009). «Manual simplificado de coleta de insetos e formação de insetário». Universidade Federal de Goiás. Consultado em 26 de junho de 2018. Cópia arquivada em 26 de junho de 2018 
  2. Paula Rodrigues (28 de junho de 2016). «Insetário vai permitir estudar vírus nocivos à mosca-branca». Embrapa. Consultado em 16 de junho de 2018. Cópia arquivada em 26 de junho de 2018 
  3. a b «Insetário». Portal Fiocruz. 2 de junho de 2010. Consultado em 26 de junho de 2018. Cópia arquivada em 26 de junho de 2018 

Ver também editar

  • Lista de insetários e borboletários
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