Ínsula Romana (em latim: Insula Romana; literalmente "ilha romana", que significa "quarteirão romano") ou Insula dell'Ara Coeli é uma insula que remonta ao século II na Via del Teatro di Marcello em Roma, Itália, no sopé do Monte Capitolino e perto da basílica de Santa Maria in Aracoeli.

Ínsula Romana no Monte Capitolino
Insula dell'Ara Coeli
Ínsula Romana
Andares superiores da Insula
Tipo Edifício residencial
Construção século II
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização VIII Região - Fórum Romano
Coordenadas 41° 53' 38.64" N 12° 28' 56.33" E
Ínsula Romana no Monte Capitolino Insula dell'Ara Coeli está localizado em: Roma
Ínsula Romana no Monte Capitolino
Insula dell'Ara Coeli
Ínsula Romana

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O edifício, que antigamente tinha cinco andares, é do século II e é um exemplar bastante acurado do planejamento urbano de Roma na época imperial, juntamente com exemplares similares em Óstia Antiga. Na Idade Média, a pequena igreja de San Biagio de Mercato foi instalada na parte mais alta do edifício e seu nome é uma referência ao mercado aberto que funcionou na encosta do Capitolino até o século XV.

Sobre a antiga igreja medieval, outra (Santa Rita da Cascia in Campitelli), dedicada a Santa Rita de Cássia, foi construída em 1653 durante o pontificado do papa Alexandre VII Chigi por Carlo Fontana. Ela foi desmantelada na década de 1930 durante as obras de construção do Vittoriano e reconstruída não muito distante dali entre 1937 e 1940. Sua demolição revelou a Insula, que foi preservada, ao contrário de muitos outros edifícios medievais na área, demolidos para dar espaço ao enorme monumento.

Do oratório medieval, apenas o campanário e uma abside decorada com afrescos sobreviveu; a cena principal do afresco é um "Sepultamento de Cristo com Maria e João". Toda as estruturas remanescentes, incluindo o campanário, tem tamanhos bem grandes,gigantes,ricos viviam lá

Descrição editar

A descoberta da Insula permitiu que se definisse mais precisamente a tipologia estatal da Roma Antiga e, em particular as características das ínsulas romanas (em latim: insulae), compostas por edifícios de vários andares nos quais ainda é possível perceber várias unidades independentes de uso residencial. Estas habitações eram utilizadas pela população romana que, possivelmente, pagava aluguel para ricos senhorios.

A Insula Romana propriamente dita é um edifício em pedra (muitas eram de madeira) e provavelmente tinham seis andares, dos quais apenas quatro, incluindo um mezanino, ainda existem: todos estão bem preservados, exceto o último, do qual restaram pouco mais do que fragmentos. Como era comum nestes tipos de edifícios comunais, o piso térreo abrigava algumas tabernas, pequenas salas de frente para um pátio e protegidas por um pórtico, utilizadas provavelmente como lojas ou vendas.

Os pisos mais altos eram utilizados como residências e contavam com pisos de tábuas de madeiras e janelas retangulares com trancas de madeira. Algumas características destes aposentos, que se tornavam cada vez menores nos andares mais altos, provavelmente revelam o valor cobrado de cada um, com os andares mais baixos mais caros e os mais altos, mais baratos. Esta hipótese é reforçada pela dificuldade de se alcançar os andares mais altos, através de escadas, e o período constante de incêndios e desabamentos.

Galeria editar

Bibliografia editar

 
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  • Filippo Coarelli, Guida archeologica di Roma, Arnoldo Mondadori Editore, Verona 1975. (em italiano)

Ligações externas editar