Itaitu é um distrito brasileiro do município baiano de Jacobina. É uma pequena vila situada a 24 km do centro da cidade e a 338 km de Salvador.[1]

O local presenta mais de 40 cachoeiras e uma grande diversidade ecológica. Sua atração turística mais visitada é a Cachoeira Véu de Noiva, que está situada a 1,3 km da praça da vila e apresenta um fácil acesso.

A praça da matriz apresenta uma igreja histórica, com uma marca da Companhia de Jesus, sendo rodeada por inúmeros casarões históricos. Deles destaca-se a casa de cultura Pedro José da Silva, que pertencia a um antigo proprietário de terras do local.

Itaitu está se tornando um dos focos do ecoturismo na Chapada Diamantina, situada no piemonte norte da chapada. Com isso, vem recebendo cada vez mais turistas e passa por um processo de especulação imobiliária.

No local, são encontradas pousadas, áreas de camping, hotel, restaurantes, padaria e mercados.

O principal evento que ocorre em Itaitu é o carnaval.

Segundo a tradição oral da vila, os primeiros que chegaram ao local foram exploradores de ouro, que exploraram próximo à cachoeira da Arapongas[2], anteriormente conhecida como Jaqueira. Com o passar do tempo, a principal atividade econômica passou a ser a agricultura, com destaque para o cultivo de açúcar e produção de rapadura, ainda existindo alguns engenhos históricos nas terras da região.

A religiosidade sempre esteve presente na vila de Itaitu, com destaque para a festa de São Roque e a Festa do Divino Espírito Santo. Antigamente, a principal festa era a Festa do Sagrado Coração de Jesus. Porém, após uma epidemia de Febre amarela, por volta de 1920, tornou-se comum entre os habitante fazer promessas a São Roque. Após a epidemia, a principal festa passa a ser a do próprio São Roque.[3]

Não se sabe precisamente quando a igreja da matriz foi construída, mas em uma obra de restauração da igreja, foi encontrado um bloco datado de 1810 com inscrições hebraicas [4], o que pode indicar a presença de judeus ou de cripto-judeus na vila, sendo possível a descendência destes em famílias tradicionais nativas.

Itaitu já foi chamado de Serra azul e Riachão de Jacobina; a maioria de suas cachoeiras também tinham outros nomes. A cachoeira véu de noiva já foi conhecida como cachoeira de Clarindo, a cachoeira da Araponga como Jaqueira, e a cachoeira do Coxinho como cachoeira do Cocino. Sendo ainda chamadas pelos antigos nomes por alguns habitantes idosos da vila. A vila tem cerca de 800 habitantes nativos, dos quais a sua maioria é composta por idosos.

A vila vem passando por uma série de transformações, com a construção de villages, loteamentos e casas caras, enfrentando também um processo de especulação imobiliária.

Também enfrenta alguns problemas decorridos da exploração turística predatória, como pessoas acampando sobre da cachoeira véu de noiva, o que é proibido, já que é o lugar que provém água para a vila. Em um exame laboratorial, já foi detectado a presença de Coliforme fecal em sua água, que a torna prejudicial para o consumo dos habitantes. A cachoeira véu de noiva recebe centenas de turistas por dia e frequentemente há acúmulo de lixo.[5]

Referências

  1. Line, A. TARDE On. «Itaitu oferece mais de 40 cachoeiras para quem quer fugir do agito». Portal A TARDE. Consultado em 23 de junho de 2020 
  2. Predefinição:Url =https://viajecomnorma.com.br/cachoeira-das-arapongas-itaitu-jacobina-ba/
  3. «Do Coração de Jacobina: Relatos e Retratos de Itaitu». calameo.com. Consultado em 23 de junho de 2020 
  4. «Do Coração de Jacobina: Relatos e Retratos de Itaitu». calameo.com. Consultado em 15 de fevereiro de 2021 
  5. george.brito (22 de abril de 2020). «MP ajuíza ação para garantir preservação da Cachoeira Véu de Noiva em Jacobina». Ministério Público do Estado da Bahia. Consultado em 23 de junho de 2020 
 
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