João Carlos Celestino Gomes

João Carlos Celestino Gomes (Ílhavo, 1899 — Lisboa, 1960) foi um médico, professor, escritor e pintor português. Pertence à segunda geração de artistas modernistas portugueses.[1]

João Carlos Celestino Gomes
João Carlos Celestino Gomes
Autorretrato, 1929, grafite sobre papel, 35,6 x 28 cm
Nascimento 1899
Ílhavo
Morte 1960 (61 anos)
Lisboa
Nacionalidade Portugal portuguesa
Área Pintura

Foi pintor e ilustrador, área em que utilizou o nome João Carlos; escreveu sobre medicina; dedicou-se à literatura de ficção, à crítica e história da arte, sob o nome de Celestino Gomes.[2]

Biografia / Obra editar

Dedicou-se às artes desde muito jovem expondo pela primeira vez em 1917 (Ílhavo). Fez os estudos médicos preparatórios no Porto (1918-1921), completando o curso na Universidade de Coimbra (1927). Ao longo desses anos contactou personalidades do mundo das letras e das artes, participando na dinâmica cultural portuense e coimbrã. Na década de 1930 fixou-se em Lisboa.

Participou na I Exposição dos Independentes, 1930, em Salões da Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, e em duas edições das Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I.. Realizou múltiplas exposições individuais, escreveu e ilustrou dezenas de livros; em 1964 foi realizada uma exposição retrospetiva da sua obra no Secretariado Nacional de Informação, Lisboa.[3]

Teve a sua "hora vanguardista" em Coimbra, em 1925, "num futurismo gozado, e que acabou numa extravagante composição imitada dos painéis de S. Vicente de Fora, com amigos na figuração". Admirador do primitivismo, seria influenciado pelo álbum de desenhos de Amadeo de Souza-Cardoso, de 1912, "seguindo-lhe o preciosismo decadente e adaptando-o a um regionalismo mundanizado".[4]

Está representado em coleções públicas e privadas, entre as quais: Museu do Chiado, Lisboa; Museu Grão Vasco, Viseu; Museu Municipal de Ílhavo; Museu Santos Rocha, Figueira da Foz; e ainda: Coleções Dr. Bustorff Silva, José Esteves Brandão, Pedro Joyce Dinis, Dr. Fernando da Fonseca, Dr. Melo e Castro, João Manuel Cortes Pinto, D. Maria Borges, D. Leonor Borlido, etc.[5]

O seu nome consta da lista de colaboradores da revista de cinema Movimento[6] (1933-1934).

Referências

  1. França, José AugustoA arte em Portugal no século XX. Lisboa: Livraria Bertrand, 1991, p. 315.
  2. A.A.V.V. – Arte Portuguesa, anos quarenta (tomo 2). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 17
  3. A.A.V.V. – Arte Portuguesa, anos quarenta(tomo 2). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 17
  4. França, José AugustoA arte em Portugal no século XX. Lisboa: Livraria Bertrand, 1991, p. 316.
  5. Arcadja – auction results. «João Carlos Celestino Gomes». Consultado em 14 de junho de 2013 
  6. Jorge Mangorrinha (25 de Fevereiro de 2014). «Ficha histórica: Movimento : cinema, arte, elegâncias (1933-1934)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
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