A jota castelhana é uma manifestação do folclore castelhano (próprio da Castela e Leão, Madrid e Castela-Mancha) de um género musical, a jota, presente na maior parte da geografia espanhola. O termo não se remonta para além do século XVIII.

Grupo de danças dançando uma jota castelhana aos pés da catedral de Valladolid com motivo da procissão da Virgen de San Lorenzo.

Costuma-se acompanhar com guitarras, bandurrias, alaúdes, dulzaina e tambor, enquanto o casal de bailarinos dança mantendo as mãos em cima da cabeça, ocasionalmente acompanhados de castanholas. Estes tipos de jotas dançam-se com os característicos passos saltados, um pouco picadaos, e são mais sóbrios e menos movidos e airosos que o equivalente aragonês. A música vai frequentemente acompanhada por canções que recebem o nome de estrofes. Estas às vezes retratam o amor, os casamentos (nos que se davam conselhos e louvores aos noivos), da vida ou de sua religiosidade, mas quase sempre se caracterizam por sua picardia e grande sentido do humor.

Variantes

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  • Pingacho ou Pingajo: Aparece em toda a região e inclusive na região portuguesa de Miranda. É um dance de director ou maestro (dança mista de coro e bailarinos), cujas instruções segue o grupo de dançantes executando os passos daquele que indica. De ritmo binário ou ternário.
  • Os Alhos: Jota popular em toda a região, foi cantada com quatro frases musicais e estribilho, ainda que se chegou a tocar com compasso binário.
  • A Cruz ou a Virgen Branca são danças com restos de ritmos e estruturas diversas pertencentes a paloteos, classificáveis dentro de dança religiosas.
  • O Corrido ou Salteado. Consiste em duas partes, a primeira de movimento oscilatório e lateral em marcha rápida e a segunda similar à jota. Sua estrutura é A/B/A/C (duas vezes) D/E/D/F (duas vezes). Tudo se repete três vezes.

Bibliografia

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