Juan Fernández de Navarrete

pintor espanhol

Juan Fernández de Navarrete (também grafado sem o "de") conhecido como Navarrete el Mudo(Logronho, 1526 - Toledo, 1579) foi um pintor maneirista espanhol do renascimento.

Juan Fernández de Navarrete.
"Batismo de Cristo", por El Mudo

Biografia editar

Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.

Uma doença na infância privou Navarrete de sua audição, mas desde tenra idade começou a expressar sua tendência pictórica, esboçando desenhos com um pedaço de carvão. Recebeu suas primeiras instruções artísticas com o frei Vicente de Santo Domingo, monge hieronimita em Estella, e também com Gaspar Becerra. Visitou Nápoles, Roma, Florença e Milão. Conheceu Pellegrino Tibaldi em Roma, em 1550.

De acordo com a maioria das fontes foi durante tempo considerável discípulo e assistente de Ticiano, em Veneza. Em 1568 Filipe II o chamou a Madri, onde recebeu o título de pintor real e passou a receber salário, sendo encarregado da pintura de quadros para El Escorial. Durante as décadas de 1560 e 1570 o enorme monastério-palácio de El Escorial ainda estava em construção e Filipe II enfrentava dificuldades para encontrar bons artistas para as muitas pinturas que sua decoração exigia. Ticiano já estava muito idoso, e morreu em 1576, e Tintoretto, Veronese e Antônio Mouro havia se recusado em ir para a Espanha. Filipe teve de confiar no talento menor de Navarrete, cuja seriedade e decoro (a gravedad y decoro) exigidos pelo monarca foram por este aprovados. Durante onze anos, até sua morte, El Mudo trabalhou em El Escorial.[1]

Obra editar

Dentre seus mais célebres trabalhos há uma "Natividade" (onde, assim como na famosa obra-prima de Correggio, a luz emana do menino-Jesus), um "Batismo de Cristo" (atualmente no Museu do Prado) e "Abraão visitado pelos três Anjos" (um dos seus últimos trabalhos, datado de 1576).

Executou muitas peças de altar, todas caracterizados pelo arrojo e liberdade no desenho, e pelo colorido morno e rico, que deram-lhe o epíteto de "Ticiano espanhol".

Outros quadros:

  • São Jerónimo (1569)
  • Martírio de Santiago (1571)
  • Nascimento de Jesus (1575)
  • Enterro de São Lourenço (1579)

Referências

  1. Trevor-Roper, Hugh; Princes and Artists, Patronage and Ideology at Four Habsburg Courts 1517-1633, Thames & Hudson, London, 1976, pp. 62-68

Bibliografia editar

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