O Karatê Ashi é um estilo de karatê desenvolvido no Brasil, ele é derivado do tradicional estilo shotokan[1]. Ele foi desenvolvido pelos mestres Luiz Távora e João Ribeiro. O berço desse estilo foi o bairro da Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.[2]. O karatê ashi começou a se difundir no final dos anos 60 e começo dos anos 70 pela capital paulista. A mudança dele em relação ao estilo tradicional, é por conta da adaptação ao biotipo do brasileiro. Além disso, o estilo quer expressar a cultura, personalidade e defender os princípios culturais do brasileiro[3]

História editar

 
Logo antigo

Em 1965, Luiz Távora e João Ribeiro entraram na Academia “Greco Brasileira”, de luta-livre, judô e karatê-do, na qual treinavam os telecach.[2]. Eles entraram na academia e foram lecionados pelo grande mestre Aldo Borges, cujo foi treinado pelo Sensei Juichi Sagara[4]. Três anos depois, 1968, ambos estavam graduados suficiente para começarem a lecionar em uma pequena academia na Vila Formosa, sob supervisão do mestre Aldo[2]

No ano de 1978, ambos já eram terceiro dan de karatê e já possuíam oito alunos faixa pretas. Além disso eles possuíam quatro academias pela cidade de São Paulo e mais de 500 alunos. Assim começava o chamado "Império dos Dragões do Karatê-Do" (Dragões do Karatê-Do era o nome da academia na época).[2] No ano de 1981 o mestre Luiz e o mestre João decidiram separar sociedade que eles possuíam na época, por conta de divergências pessoais.

Após a separação, o mestre Luiz usou todo o seu conhecimento em educação física para modificar algumas coisas no estilo de combate do karatê. Em 1982, o mestre oficialmente criou o Sistema Brasileiro de Karatê (SBK).[3]. Dois anos depois, Luiz Távora mudou o nome da academia para Guerreiros do Karatê-Do[2]

Nos anos 90, foi criado a União Internacional dos Praticantes do Sistema Brasileiro de Karatê-Do (UIP-SBK), a qual realizou diversos campeonatos e teve a participação de 26 entidades[5].

Durante os anos 90, o mestre Luiz decidiu mudar de vez o nome e retirou o DO e adicionou o Ashi ao nome do estilo, pois ele significa e exemplifica a total potencialidade das armas naturais.[2]

Hierarquia e faixas editar

O Karatê Ashi possui uma hierarquia de faixas semelhante ao demais estilos de karatê. Diferente dos mais tradicionais, as faixas coloridas não recebem kyu. O tempo mínimo de permanência de cada faixa é de 6 meses, da branca até a azul. Da faixa roxa até a preta o mínimo é de 1 ano. E os dan pode variar de pessoa para pessoa. A ordem é a seguinte:[6]

  • Branca
  • Amarela
  • Laranja
  • Verde
  • Azul
  • Roxa
  • Marrom
  • Preta

Da faixa preta para cima é entregue os dans. A partir do primeiro dan o aluno é considerado sensei, e assim pode começar a dar aula.

Os quimonos são brancos. A partir da faixa preta, os quimonos ganham calça preta e a parte superior recebe alguns detalhes pretos (especificamente a gola e os pulsos).

Referências

  1. «Ordem Karateashi Távora». www.facebook.com. Consultado em 1 de agosto de 2019 
  2. a b c d e f «Conheça a Historia do Karatê-Ashi». meusite. Consultado em 1 de agosto de 2019 
  3. a b «Artes Adaptadas | Artes Marciais | Brasil | Ordem Karate ashi Távora». meusite. Consultado em 1 de agosto de 2019 
  4. «Aldo Borges de Campos - Pessoas e história do karate - Karateca.net - O nosso dojo virtual». www.karateca.net. Consultado em 1 de agosto de 2019 
  5. Júnior, Anízio (24 de abril de 2014). «OFICINA DA LUTA: "DAS ANTIGAS"». OFICINA DA LUTA. Consultado em 1 de agosto de 2019 
  6. Távora, Luiz. «Sobre o Karatê-Ashi». Panfleto entregue aos alunos