Língua frísia

língua germânica ocidental
 Nota: Para outros significados de frisão, veja Frísio.

As línguas frísias, também conhecida como frisãs, são uma família linguística anglo-frísia, sendo os idiomas mais próximos das línguas inglesas por uma séria de metaplasmos comuns.[4] São faladas nos Países Baixos e em partes da Alemanha.

Frísio

Frysk, friisk, frasch, fresk

Outros nomes:Frisão, frisco
Falado(a) em: Países Baixos, Alemanha, Dinamarca.
Região: Europa
Total de falantes: c. 480 mil[1][2][3]
Família: Indo-europeia
 Germânica
  Germânica ocidental
   Ingueônicas
    Anglo-frísticas
     Frísio
Escrita: Alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de: o frísio ocidental na província da Frísia (Países Baixos); o frísio oriental no município de Saterland (Alemanha); e o frísio setentrional nas regiões frísias da Eslésvico-Holsácia (Alemanha)
Códigos de língua
ISO 639-1: fy
ISO 639-2: fry
ISO 639-3: vários:
fri — [[]]
frs — [[]]
frr — [[]]
Distribuição das 3 Línguas Frísias

História

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Os registros mais antigos em Frisão (ou Frísio, Frisco e Frison) procedem do século XIII, ainda que os documentos oficiais neles contidos devam ter sido provavelmente escritos no século XI, na variante denominada antigo frisão, que até 1550 se desenvolve até o médio frisão e a partir de 1800 passa ao moderno frisão até os dias atuais.

O frisão é a língua mais próxima do inglês, pertencendo ao grupo anglo-frisão, dentro do ramo ocidental das línguas germânicas. Possui palavras parecidas com as inglesas, como "doze" (tolve em frísio ocidental, twelve em inglês) ou o pronome da 3ª pessoa do singular "ele" (hy em frísio ocidental, he em inglês).

Desde o começo do século XIX parecia que a língua se extinguiria ante o avanço do neerlandês e do baixo alemão, mas com o romantismo próprio deste século surgiu um renovado interesse na vida local e se criaram sociedades para preservação da língua e da cultura frisã. A princípio lentamente, os objetivos deste movimento foram dando certo, especialmente na província da Frísia (ofícial e no frísio ocidental: Fryslân; em neerlandês: Friesland), nos Países Baixos, onde em 1937 a língua foi aceita como opcional nas escolas primárias. Foi fundada uma Academia Frisã em 1938, publicando-se em 1943 a primeira tradução da Bíblia. Em 1955 a língua foi aprovada como língua de ensino primordial na educação primária e em 1956 foi aprovado o uso do frisão nos tribunais.

Apesar desta gradual ressurreição do frisão, o neerlandês segue sendo a língua primordial na província da Frísia. Quase todo o ensino se dá em neerlandês e os jornais são escritos também em holandês ainda que contenham artigos ocasionais em frisão. Também a maior parte dos programas de rádio e televisão são em neerlandês. Existe um entusiasta movimento literário frisão mas suas obras não têm muita difusão. Mas ainda que o frisão siga sendo usado amplamente como língua oral quotidiana, observa-se um crescente uso do frisão neerlandês que contém numerosos préstimos do neerlandês normativo.

A posição do frisão oriental e do frisão setentrional nas regiões alemãs é muito mais débil, usando-se apenas como um dialeto local comparável aos muitos dialetos do baixo alemão dos arredores.

A maioria dos falantes de frisão são bilíngues em neerlandês (ocidental), baixo e alto alemão (oriental e setentrional) e inclusive em dialeto juto do dinamarquês (frisão setentrional). Cada uma das variantes está em declive, sendo a mais ameaçada a oriental e a menos a ocidental. Nas últimas décadas se tem feito esforços para preservar a língua e se tem publicado um dicionário para a variante oriental, uma publicação regular para a setentrional e programas de rádio e televisão para a ocidental. O frisão é falado tradicionalmente em It Bilt, uma região conquistada ao mar no século XVI e colonizada por fazendeiros neerlandeses.

Dialetos

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O frisão moderno tem três variantes mutuamente ininteligíveis entre si:

Fonética

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Já desde o princípio o frisão antigo mostra características que o distinguem junto com o inglês das demais línguas germânicas. Entre as mesmas estão a perda do som nasal f, Þ, e s, a palatalização do protogermânico k antes de vogais frontais e de j e a palatalização do protogermânico g antes de vogais frontais. Ademais, o antigo frisão mostra palatalização dom som de gg do protogermânico g antes de j.

Referências

  1. a b «Frisian». Ethnologue (em inglês) 
  2. a b «Frisian, Northern». Ethnologue (em inglês) 
  3. a b «Saterfriesisch». Ethnologue (em inglês) 
  4. Fulk, Robert D. (1998). «The Chronology of Anglo-Frisian Sound Changes». In: Bremmer Jr., Rolf H.; Johnston, Thomas S.B.; Vries, Oebele. Approaches to Old Frisian Philology. Amsterdã: Rodopoi. p. 185