Lagoa da Fajã dos Cubres

lagoa na ilha de São Jorge, Açores, Portugal

A Lagoa da Fajã dos Cubres é uma das mais bonitas e exóticas da ilha de São Jorge. Nas imediações desta lagoa surge uma planta de pequenas flores amarelas, os Cubres, que dá pelo nome cientifico de (Solidago sempervirens L.).

Lagoa da Fajã dos Cubres
Lagoa da Fajã dos Cubres
Localização
Coordenadas 38° 38' 31" N 27° 57' 57" O
País Portugal Portugal

A lagoa da Fajã dos Cubres situa-se na freguesia da Ribeira Seca, da costa Norte da ilha de São Jorge e também resulta do abatimento da falésia a que está sobranceira e também como a Lagoa da Fajã de Santo Cristo foi formada pelo desmoronamento das montanhas da costa Norte da ilha que devido a formação geológica da própria ilha, ao assentamento da terras, à abrasão marítima e aos movimentos telúricos e a vulcanismos relativamente recentes do ponto de vista geológico que se conjugaram para o precipitar de grandes quantidades de matérias rochosos das terras mais altas.

Praticamente caso único nos Açores, e tal como a lagoa Fajã da Caldeira de Santo Cristo é uma lagoa de água salobra e sujeita às marés que fazem oscilar as suas águas contribuindo para a oxigenação das mesmas. Aí se pescam mujas, nome dado pelos locais às jovens tainhas que se ocultam entre a abundante vegetação que cresce nas suas águas. Nas margens da lagoa, as pastagens interiores, abundam com junco, e gado que pasta livremente.

Também é muito abundante em pequenos camarões que localmente são muito usados na pesca à garoupa. Os peixes mais abundantes na costa circundante mas que raramente entram na lagoa são: a tainha, a veja, a anchova e o bodião.

A esta lagoa nunca foi possível chegar de barco que sempre foram varados no calhau rolado na orla costeira adjacente.

Junto à lagoa existe um poço de baixa mar de onde é retirada água potável embora igualmente algo salobra a toalha freática que alimenta este poço é a mesma que alimenta a lagoa visto que essa toalha freática se estende praticamente desde o sopé da falésia.

Muitas espécies de diferentes aves, são observadas aqui, seja de passagem ou residentes: Nidificam neste lugar o Cagarro (Calonectris diomedea), o Garajau-rosado (Sterna-dougallii) e o Garajau-comum (Sterna-hirundo). Aves que estão rigorosamente protegidas por leis nacionais e internacionais.

Aparecem ainda o pato bravo ou mudo, o ganso, o pardal, a lambandeira, o melro, e o estroninho e dezenas de outras aves migratórias que passam pela lagoa a caminho do seu destino.

Relativamente à flora aparece a Urze (Erica azorica) endémica dos Açores e a Faia-da-Terra (Myrica faya) endémica dos Açores.

Os principais habitats naturais deste lugar são: praias de calhaus rolados, arribas marinhas e rochedos marinhos.

Ver também

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Referências

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  • Livro: Áreas Ambientais dos Açores, Editado pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, Governo Regional dos Açores, 2005.
  • Livro: Descubra Portugal – Açores e Madeira.Edt. Ediclube 1998.
  • Guia Turístico, Açores Natureza Viva, nº 2 de 2003/2004. Edt. Clássica – Publ. Pub. e Mark. E Formação, Lda.
  • Livro: Em Louvor da Terceira. De Francisco Ernesto de Oliveira Martins, 1992. Edt. Seretaria Reg. Do Turismo e Ambiente, Del. de Turismo da Ilha Terceira.
  • Áreas Ambientais dos Açores. Edic. Secretaria Regional do Ambiente, 2004.