Lenda do Abade João

A Lenda do Abade João remonta ao século IX, nos tempos em que o castelo de Montemor-o-Velho foi conquistado aos mouros.[1][2]

O castelo de Montemor-o-Velho.

Lenda editar

A tradição reza que a defesa da fortaleza foi conferida a um monge guerreiro de nome João, que outrora encontrara um recém-nascido abandonado no mato, tendo-lhe batizado de Garcia.[1][2]

Quando chegou à idade adulta, Garcia tornara-se num renegado, um cristão que se tinha convertido ao Islão.[1][2][3] Logo disto, impôs um cerco a Montemor com uma hoste moura. Com o passar do tempo a situação tornou-se desesperante para os sitiados, tendo a água e a comida começado a esgotar.[1][2]

Já sem esperanças de vencer, no que lhes restava ainda de fôlego, os cristãos resolveram fazer um último grande ataque.[1][2] Para poupar as mulheres, as crianças e os velhos de serem feitos escravos e abusados, decidiram degolá-los.[1][2][4] Feito o sacrifício, saíram os cavaleiros para o que achavam ser a última surtida mas, para surpresa de todos, conseguiram derrotar os muçulmanos e libertar a cidade.[1][2]

Depois da vitória regressaram destroçados para chorar a morte dos seus achegados mas teriam uma grande supresa: todos os degolados tinham ressuscitado.[1][2][4]

Referências

  1. a b c d e f g h José Hermano Saraiva (2005). «Memórias de Montemor-o-Velho». A Alma e a Gente. Temporada 4. Episódio 3 
  2. a b c d e f g h «A lenda do abade João em Montemor-o-Velho». A lenda do abade João em Montemor-o-Velho. Consultado em 2 de fevereiro de 2017 
  3. Abreu, Maurício; Fernandes, José Manuel (1 de janeiro de 1990). Rios de Portugal. [S.l.]: Gradiva. ISBN 9789726621522 
  4. a b Borges, Nelson Correia (1 de janeiro de 1987). Coimbra e região. [S.l.]: Editorial Presença