Lepiota

género de fungos

Lepiota é um género de fungos da ordem Agaricales. Apesar de terem esporos brancos, estão relacionados com os familiares cogumelos de esporos castanhos do género Agaricus. Tipicamente têm aneis nos estipes, os quais, nas espécies maiores, são soltos podendo deslizar para cima e para baixo ao longo do pé. O píleo normalmente tem escamas: as cores do píleo, lamelas e escamas são importantes na determinação exacta da espécies, bem como por vezes o odor.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLepiota
Classificação científica
Reino: Fungi
Filo: Basidiomycota
Classe: Agaricomycetes
Subclasse: Agaricomycetidae
Ordem: Agaricales
Família: Agaricaceae
Género: Lepiota
Pers.

Taxonomia

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O termo provavelmente deriva do grego antigo λεπις, "escama". O basiónimo é Agaricus sect. Lepiota Pers. 1797, invalidado por uma data inicial mais tardia, portanto é citado como (Pers.) per S.F.Gray. Foi apenas descrito, sem espécies, e abrangia um grupo anteriormente referido, mas não denominado de espécies com anel e sem volva, independentemente da cor dos esporos. O micologista sueco Elias Magnus Fries restringiu o género às espécies de esporos brancos, e tornou-o uma tribo, que tal como Amanita, foi repetidamente elevada à categoria de género.[1]

A espécie-tipo não é clara. L. procera é considerada o tipo por Earle em 1909. Agaricus columbrinus (L. clypeolaria) foi também sugerida (por Singer, 1946) para evitar as muitas combinações de outro modo envolvidas na divisão de Macrolepiota, que incluem L. procera. Dado que ambas as espécies haviam sido colocadas em géneros diferentes antes da sua selecção (em Leucocoprinus e Mastocephalus respectivamente), Donk observa que uma conservação será provavelmente necessária, expressando apoio à emenda de Singer.[1]

Toxicidade

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No que toca à colheita de cogumelos, este género deve ser evitado pois diversas espécies contêm amanitinas e são altamente tóxicas.[2] Aquelas que se sabe terem causado mortes (ou que as teriam causado sem tratamento médico intensivo) incluem L. josserandi em Nova Iorque em 1986,[3] L. brunneoincarnata na Espanha,[4] e L. helveola.[5][6]

Anteriormente, as espécies mais familiares eram as espécies maiores, agora colocadas nos géneros Macrolepiota e Chlorophyllum. Contudo, o estatuto destes géneros não é unânime com alguma literatura actual ainda a incluir os membros de Macrolepiota em Lepiota.[7]

Lista de espécies de Lepiota[8]

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Referências

  1. a b Donk, M.A. (1962). «The generic names proposed for Agaricaceae». Beiheifte zur Nova Hedwigia. 5: 1–320. ISSN 0078-2238 
  2. Benjamin DR. (1995). Mushrooms, Poisons and Panaceas: A Handbook for Naturalists, Mycologists, and Physicians. W H Freeman & Co. ISBN 0-7167-2649-1
  3. Haines JH, Lichstein E and Glickerman D. (1986) A fatal poisoning from an amatoxin containing Lepiota. Mycopathologia 93, 15-7.
  4. Herraez Garcia J, Sanchez Fernandez A, Contreras Sanchez P. (2002) Fatal Lepiota brunneoincarnata poisoning An Med Interna. 18(9):481-2
  5. Meunier B, Messner M, Bardaxoglou E, Spiliopoulos G, Terblanche J and Launois B. (1994) Liver transplantation for severe Lepiota helveola poisoning. Liver 14, 158-60. .
  6. Studeník P, Průcha A, Krifta P, Zeman D (1996) Fulminant liver failure in poisoning by Lepiota helveola Bres. Vnitr Lek 42(5) :342-4.
  7. Phillips R (1991). Mushrooms of North America. [S.l.]: Little, Brown & Co. 
  8. Catalogue of Life
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Lepiota», especificamente desta versão.