Les bienveillantes

Les bienveillantes (em português: As Benevolentes) é um romance escrito em francês pelo autor estado-unidense Jonathan Littell, que escreve principalmente em francês e atualmente mora em Barcelona.[1] Conta a história de um ex-oficial da SS que ajudou a realizar massacres durante a Segunda Guerra Mundial. O livro de cerca de 900 páginas ganhou dois dos mais prestigiados prêmios de Literatura da França, o Grand Prix du roman de l'Académie française e o Prix Goncourt em 2006. Este livro é o primeiro romance escrito em francês por Littell; ele publicou anteriormente um livro sobre ficção científica ("Bad Voltage") em 1989.

Les Bienveillantes
Autor Jonathan Littell
País França França
Língua francesa
Gênero Romance
Editora Gallimard
Publicação 13 de setembro de 2006
Livro em brochura
Páginas 903
ISBN ISBN 2-07-078097-X

Seu título refere-se, talvez ironicamente, às benevolentes da peça de Ésquilo, também conhecidas como as Eumênides. É um enorme monólogo fictício de um ex-oficial nazista, pertencente às SS, que participou dos massacres contra os judeus e outros grupos étnicos e sociais na Europa Oriental, durante a Segunda Guerra Mundial. O personagem, Maximilian Aue, por ter perfeito domínio da língua francesa, consegue depois da guerra radicar-se na França e assumir uma nova vida, sem prestar contas de seus crimes.

O livro foi premiado, ao sair na França em 2006, mas também atacado, geralmente por o acusarem de pouca verossimilhança. O que impressiona mais é a frieza da narração, em que os piores crimes são tratados como assuntos a resolver tecnicamente. Contudo, o personagem está longe de ser sádico e mais de uma vez elogia Albert Speer, o ministro de Hitler que conseguiu uma boa reputação de antinazista ou de nazista moderado, muito embora tenha sido responsável - como o autor assinala mais de uma vez - pela capacidade de resistência da Alemanha, evitando a rendição, durante pelo menos os dois últimos anos da guerra. A preocupação de Aue e de Speer, embora convirja na defesa de condições de alimentação e de melhor higiene para os presos, é estritamente a de conseguir maximizar o uso deles enquanto mão de obra escrava, especialmente a serviço da grande empresa IG Farben que fez farto uso dos cativos no Leste sem alimentá-los, trajá-los nem tratá-los de maneira que permitisse sua sobrevivência para além de poucos meses.

O livro foi traduzido em português em fins de 2006, no Brasil, sendo esta a sua primeira edição fora da França.

Referências