Lista do Patrimônio Mundial no Azerbaijão
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção aos bens culturais do mundo, através do Comité sobre a Proteção do Património Mundial Cultural e Natural, aprovado em 1972.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Mundial existente no Azerbaijão, especificamente classificada pela UNESCO e elaborada de acordo com dez principais critérios cujos pontos são julgados por especialistas na área. O Azerbaijão, situado numa região marcada pelo legado cultural e histórico de islâmicos e sassânidas, sucedeu à União Soviética como Estado-parte da convenção em 16 de dezembro de 1993, tornando seus locais históricos elegíveis para inclusão na lista.[2]
O sítio Cidade Fortificada de Baku foi o primeiro local do Azerbaijão incluído na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO por ocasião da 24ª Sessão do Comitè do Património Mundial, realizada em Cairns (Austrália) em 2000.[3] Desde a mais recente adesão à lista, o Azerbaijão totaliza 3 sítios classificados como Patrimônio da Humanidade, sendo todos eles de classificação Cultural. Devido aos danos causados pelo Terremoto de Baku em 2000, o sítio foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial em perigo em 2003 e removido da mesma em 2009.[4] Em contrapartida, em 2013, o sítio Paisagem Cultural de Arte Rupestre de Gobustán (inscrito em 2007) recebeu o status de proteção especial pelo Comité de Proteção da Propriedade Cultural em Conflitos Armados por conta da grande instabilidade em que a região se encontra.[5]
Bens culturais e naturaisEditar
O Azerbaijão conta atualmente com os seguintes lugares declarados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO:
Cidade Fortificada de Baku, Palácio dos xás de Xirvão e Torre da Donzela | |
Bem cultural inscrito em 2000. | |
Localização: Baku | |
Construída em um território habitado desde o Paleolítico, a cidade murada de Baku mostra os traços da presença sucessiva das culturas zoroastriana, sassânida, árabe, persa, shirvani, otomana e russa. A parte intramural (Icheri Shesher) preservou intacta grande parte de suas paredes do século XII. A Torre da Donzela (Giz Galasy) foi erguida nesse mesmo século em construções antigas que datam dos séculos VII a VI a.C. O Palácio dos Xás de Shirvan (século XV) é considerado uma das joias da arquitetura do Azerbaijão. (UNESCO/BPI)[6]
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Paisagem Cultural de Arte Rupestre de Gobustán | |
Bem cultural inscrito em 2007. | |
Localização: Absheron / Garadagh | |
Este local compreende três áreas de um planalto rochoso localizado na região semi-desértica que ocupa o centro do Azerbaijão. Abriga um conjunto excepcional de mais de seis mil petróglifos executados durante um período de 40.000 anos de arte rupestre. Também possui vestígios de assentamentos, cavernas habitadas e locais funerários, que constituem a prova de sua ocupação intensiva por humanos no período úmido após a última era glacial, do Paleolítico Superior à Idade Média. O local abrange uma área total de 537 hectares que faz parte do território protegido, muito mais extenso, da Reserva de Gobustán. (UNESCO/BPI)[7]
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Centro Histórico de Shaki e Palácio dos Cãs | |
Bem cultural inscrito em 2019. | |
Localização: Shaki | |
A cidade histórica de Shaki está situada ao pé das Grandes Montanhas do Cáucaso e dividida em duas pelo rio Gurjana. Enquanto a parte norte e mais antiga foi construída sobre a montanha, a parte sul se estende até o vale do rio. Seu centro histórico, reconstruído após a destruição de uma cidade anterior por tempestades de lama no século XVIII, é caracterizado por um conjunto arquitetônico tradicional de casas com telhados duas águas de grande altura. Situada ao longo de importantes rotas comerciais históricas, a cidade possui arquitetura influenciada pelas tradições de construção dos reinados safás, qadjar e russos. O Palácio do Cã, no nordeste da cidade, bem como as várias casas mercantes, refletem a riqueza gerada pela criação de bichos-da-seda e pelo comércio de casulos do final do século XVIII ao XIX. (UNESCO/BPI)[8]
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Lista IndicativaEditar
Em adição aos sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, os Estados-membros podem manter uma lista de sítios que pretendam nomear para a Lista de Patrimônio Mundial, sendo somente aceitas as candidaturas de locais que já constarem desta lista.[9] Desde 2001, o Azerbaijão possui 10 locais na sua Lista Indicativa.[10]
Sítio | Imagem | Localização | Ano | Dados UNESCO | Descrição |
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Ateshgah de Baku, o Templo dos adoradores do Fogo | Baku | 1998 | Cultural: i, iii | ||
Mausoléus de Naquichevão | Naquichevão | 1998 | Cultural: i, iv |
Referências
- ↑ «Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural» (PDF). UNESCO. 21 de novembro de 1972
- ↑ «Azerbaijão». UNESCO
- ↑ «24th session of the World Heritage Committee». UNESCO
- ↑ «World Heritage Committee removes Baku from Danger List welcoming improvements in the ancient city´s preservation». Comité do Património Mundial. 25 de junho de 2009
- ↑ «Five World Heritage sites in Azerbaijan and Belgium granted "enhanced protection" in the event of armed conflict». UNESCO. 20 de dezembro de 2013
- ↑ «Cidade de Baku». UNESCO. Consultado em 30 de agosto de 2021
- ↑ «Gobustán». UNESCO. Consultado em 30 de agosto de 2021
- ↑ «Shaki». UNESCO. Consultado em 30 de agosto de 2021
- ↑ «World Heritage List Nominations». UNESCO
- ↑ «Tentative Lists - Azerbaijan». UNESCO