Lourdes de Vincenzi

diplomata brasileira

Maria de Lourdes Castro Silva de Vincenzi (Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1912 - Boston, 1º de outubro de 1993) foi uma diplomata brasileira, tendo sido a terceira mulher a ser promovida ao cargo de embaixadora.

Maria de Lourdes Castro Silva de Vincenzi
Lourdes de Vincenzi
Embaixadora
Dados pessoais
Nascimento 30 de outubro de 1912
Rio de Janeiro, Brasil
Morte 1 de outubro de 1993 (80 anos)
Boston, Estados Unidos
Nacionalidade brasileira
Profissão Diplomata

Biografia

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Infância

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Filha de Othília Machado de Castro e Silva de Vincenzi e Jacomo Antônio de Vincenzi.

Carreira Diplomática

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Foi aprovada em 7º lugar no concurso de provas e títulos de 1935 para ingresso no Itamaraty[1], tendo sido nomeada em 6 de outubro de 1938.

Em 1945, foi removida para o Consulado-Geral em Buenos Aires, onde desempenhou as funções de vice-cônsul e cônsul-adjunta.

Entre 1949 e 1952, esteve lotada no Consulado-Geral em Nova York.

Em abril de 1952, regressou ao Brasil, tendo sido lotada na Divisão de Atos, Congressos e Conferências Internacionais. Assumiu, ainda, as atribuições de secretária da VIII Assembleia da Conferência Interamericana de Mulheres, que teve lugar entre de 23 de julho a 8 de agosto de 1952, no Rio de Janeiro.

Entre setembro de 1954 e novembro de 1955, trabalhou como secretária da Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes.

Entre fevereiro de 1956 e agosto de 1962, foi cônsul-adjunta no Consulado-Geral em Londres.

Em seu regresso ao Brasil, foi lotada na Divisão das Nações Unidas (DNU), inicialmente como assistente, e, a partir de fevereiro de 1963, como chefe interina da divisão. Em outubro de 1963, foi a primeira mulher a ser designada chefe da DNU, cargo de grande prestígio no Itamaraty.

Em setembro de 1965, assumiu a função de secretária-geral adjunta para Organismos Internacionais.

Em março de 1966, foi designada chefe da Comissão de Planejamento Político do Itamaraty.

Em junho de 1966, foi removida para Paris, tendo assumido a função de ministra‑conselheira da Missão do Brasil junto à Unesco, cargo que ocupou até 1970.

Em maio de 1972, foi promovida a ministra de Primeira Classe. Foi a terceira mulher a ser promovida ao mais alto grau da carreira diplomática brasileira.

Em 1972, foi designada embaixadora do Brasil em São José da Costa Rica.

Em outubro de 1977, aposentou-se compulsoriamente por idade, uma vez que havia completado 65 anos.[2]

Promoções

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  • Cônsul de segunda classe (1945)
  • Conselheira (1961)
  • Ministra de Segunda Classe (1964)
  • Ministra de Primeira Classe (1972)[2]

Participação em discussões internacionais sobre direitos da mulher

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Entre 1976 e 1978, foi delegada titular junto à da Conferência Interamericana de Mulheres, tendo sido mantida na função mesmo após a sua aposentadoria.

Em junho de 1977, foi a delegada brasileira à Conferência Latino-Americana sobre a Integração da Mulher no Processo de Desenvolvimento Econômico e Social, patrocinada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em Havana, Cuba.

Em julho de 1980, chefiou a delegação brasileira à II Conferência da Década das Nações Unidas para a Mulher, em Copenhague. Em outubro de 1981, foi representante brasileira no Seminário Interamericano sobre a Participação da Mulher na Cooperação para o Desenvolvimento.

Em março de 1985, foi delegada titular do Brasil na III Sessão da Comissão Sobre a Situação da Mulher como órgão preparatório da Conferência Mundial de Nairóbi, em Viena.[2]

Postos no Exterior

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  • Consulado do Brasil em Buenos Aires, Vice-Cônsul e Cônsul Adjunta (1945-1949)
  • Consulado do Brasil em Nova York, Cônsul Adjunta (1949-1952)
  • Consulado-Geral em Londres, Cônsul Adjunta (1956-1962)
  • Missão do Brasil junto à UNESCO, Paris, Ministra-Conselheira (1966-1970)
  • Embaixada do Brasil em São José da Costa Rica, Embaixadora (1972-1977)

Falecimento

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Faleceu em 1993, aos 80 anos de idade, na cidade de Boston (Estados Unidos), no dia 1º de outubro.[2]

Referências

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  1. «Para consul de terceira» (PDF). "O imparcial". 24 de julho de 1935. Consultado em 17 de março de 2020 
  2. a b c d Roeder Friaça, Guilherme José (2018). Mulheres diplomatas no Itamaraty (1918-2011) : uma análise de trajetórias, vitórias e desafios. Brasília: FUNAG. pp. 157–163