Luiz Eduardo Oliveira

Quadrinista brasileiro

Luiz Eduardo de Oliveira (Rio de Janeiro) conhecido pela alcunha de Leo, é um autor de histórias em quadrinhos franco-brasileiro.

Luiz Eduardo Oliveira
Luiz Eduardo Oliveira
Nascimento Luiz Eduardo de Oliveira
13 de dezembro de 1944 (79 anos)
Rio de Janeiro
Cidadania França
Ocupação desenhista de banda desenhada, pintor, engenheiro mecânico, ilustrador, colorista de histórias em quadrinhos, ilustrador de banda desenhada (lápis), argumentista de banda desenhada
Prêmios
  • Prix Tournesol
Obras destacadas Trent, The Worlds of Aldebaran, Kenya
Página oficial
https://www.lesmondesdeleo.com/

Biografia editar

Apaixonado por desenho, ingressou na universidade e estudou Engenharia.

Em 1971, ele saiu do Brasil por causa da Ditadura Militar. Refugiado no Chile, ele teve de novamente fugir um ano depois, para a Argentina desta vez, após o golpe que derruba o presidente Salvador Allende em favor de Augusto Pinochet. Ele finalmente retornou ao Brasil em 1974, clandestinamente.

Desenhando para publicidade em São Paulo, em 1975, publicou sua primeira história em quadrinhos, A Terra, roteirizada por Dirceu Amadio, publicada na sexta edição da revista O Bicho.[1] Ele emigrou para a França em 1981 para fazer quadrinhos.[2] No entanto, a indústria de quadrinhos franco-belga estava em uma das piores crises da sua história, obrigando-a a recuar para a publicidade. No entanto, ele publicou algumas páginas nas revistas L'Echo des Savanes em 1982 e Pilote em 1985.

Em 1986, ele começou com Jean-Claude Forest, uma colaboração frutífera com várias publicações juvenis para o grupo Bayard Presse. Ele desenhou histórias reais para o periódico Okapi. Para Astrapi, ele produziu seu primeiro álbum, Gandhi, le pèlerin de la paix (roteirizado pot Benoit Marchon), que traça a vida de Mahatma Gandhi.[2] Em 1988, o roteirista Rodolphe oferece a uma oportunidade para Leo para desenhar suas histórias, que ele aceita. Isto o levou a uma colaboração duradoura desde até 2013, após oito volumes publicados na série Trent e cinco séries no Kenya que, posteriormente, seguidas por Namibia e Amazon.

Em 1993, ele conseguiu realizar um projeto antigo: ser roteirista, desenhista e colorista de sua própria série, Mondes d'Aldébaran. Após a publicação de cinco volumes de Aldebaran, em 2000, ele lançou Betelgeuse, que é nomeado em 2004 na categoria série no prêmio realizado no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême. Segue um novo arco de história, Antares, de 2007 a 2015, e uma série paralela Survivants (anomalies quantiques), a partir de 2011, o que converge com a trama principal em 2018 com o lançamento de Retour sur Aldébaran. Em 2007, Icar, pseudônimo de Francard, desenhista de Fatum (1996) e Anamorphose (2005), Leo pede a ele para escrever um roteiro. Esta colaboração dá origem a Terres lointaines, uma história de ficção científica que também acontece em um planeta colonizado.

Estilo editar

O desenho de Leo consiste em características simples. Sem floreios ou detalhes, próximo da linha clara franco-belga.

Especializado em ficção científica, Leo distingue-se pelo uso de vastas cenas com uma linha refinada; muitas vezes envolve criaturas estranhas, detalhadas, por exemplo, no Bestiário dos mundos de Aldebaran.

Referências

  1. Guimarães, Edgard (2014). Quadrinhos brasileiros de ficção científica e fantasia (PDF). Col: Quadrinhos brasileiros de ficção científica e fantasia. 1. [S.l.: s.n.] 
  2. a b Esnobado no Brasil, amado pelos franceses

Ligações Externas editar