Mário de Moura

Editor português (1924-2022)

Mário Mendes de Moura (Lisboa, 27 de agosto de 19242 de novembro de 2022) foi um editor português.

Mário de Moura
Nome completo Mário Mendes de Moura
Nascimento 27 de agosto de 1924
Lisboa, Portugal
Morte 2 de novembro de 2022 (98 anos)
Ocupação editor e engenheiro florestal

Biografia

editar

Nascido em Lisboa a 27 de agosto de 1924, Mário de Moura foi engenheiro florestal de formação, mas esteve sempre ligado ao setor livreiro. O gosto pela edição foi-lhe transmitido pelo matemático e professor universitário Bento de Jesus Caraça, um resistente antifascista.[1]

Mário de Moura publicou o seu primeiro livro aos 21 anos, intitulado "O Campismo na Vida Moderna". No entanto, a sua ligação ao Movimento de Unidade Democrática acabou por afastá-lo do setor livreiro português durante alguns anos. Por isso, emigrou para o Brasil onde trabalhou para o governo brasileiro no departamento de estatística. Em 1953, funda no Brasil a editora Andes, seguindo-se a Fundo de Cultura, a Páginas e a Vértice do Brasil. Editou o seu primeiro livro na editora Andes, aos 29 anos, intitulado "A Verdade Sobre a Guerra da Coreia".[2]

Trabalhou no Brasil durante quase 40 anos, só regressando a Portugal na viragem para a década de 90, onde fundou a Pergaminho. Seguiram-se a Arte Plural, Gestão Plus, Bico de Pena, Quinto Selo, Vogais & Companhia e 4Estações. Em 2008, o Grupo BertrandCírculo adquiriu a Pergaminho e a Arte Plural a Mário de Moura.[3]

Em 2014, para comemorar o seu 90º aniversário, Mário de Moura fundou a editora 4Estações.[4]

Em setembro de 2021, publica "Na Poeira do Tempo", um livro de crónicas sobre a sua vida e sobre os anos como editor em várias editoras por diversos países.[5]

Mário de Moura faleceu a 2 de novembro de 2022, aos 98 anos, após um incidente cardíaco súbito em sua casa. Teve um percurso no setor livreiro de quase 70 anos.[6]

Referências