O método do caso é uma metodologia de ensino que usa casos reais de organizações ou situações de negócio para colocar os alunos no papel dos decisores que foram confrontados com decisões difíceis em algum momento. Em contraste com outros métodos de ensino, o método do caso exige que os professores evitem dar as suas próprias opiniões sobre as decisões em causa. Em vez disso, a principal tarefa dos professores que usam o método do caso é pedir aos alunos para elaborarem e defenderem soluções e planos de ação para os problemas centrais de cada caso. O método do caso propõe o desenvolvimento de habilidades gerenciais à medida que os participantes buscam solucionar um problema. O método do caso está fundamentado na aprendizagem baseada em problemas (PBL).[1][2][3][4]

Uso do método do caso nas escolas de negócio

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O método do caso é usado em muitas de escolas de negócio incluindo:

Objectivos do método do caso

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O método do caso dá aos alunos a capacidade de rapidamente perceberem o sentido de um problema complexo, de chegarem a uma solução razoável, e comunicação da solução aos outros de uma forma sucinta e eficaz. No decurso deste processo, o método do caso, realiza também um certo número de outras coisas, cada uma delas valiosa por si só. Excitando o interesse dos alunos, o método do caso fomenta o interesse por assuntos profissionais. Ao colocar os temas num contexto concreto, o método do caso facilita a aprendizagem dos fatos, a nomenclatura, as convenções, as técnicas e procedimentos. Ao fornecer a discussão de temas concretos, o método do caso incentiva ao diálogo profissional. Ao promover a prática na arte da tomada de decisão, o método do caso refina o julgamento profissional. Ao fazer perguntas difíceis, o método do caso capacita os alunos a reflectirem sobre as exigências peculiares de sua profissão.[13]

O método do caso, adequadamente utilizado, inicia os alunos sobre as formas independentes de pensamento e julgamento responsável.
— Charles I. Gragg[14]

Fases do método do caso

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O método do caso envolve normalmente três fases: preparação individual, o trabalho em pequenos grupos e a discussão plenária.[12]

Na preparação individual cada participante faz uma análise da informação do caso no sentido de identificar os factos, problemas, decisões a tomar, as alternativas de acção e métodos de implementação. Na discussão em grupo cada participante partilha a sua visão do caso, explica as suas opções e defende-as fase às perspectivas dos seus colegas, enriquecendo assim a sua visão da situação em causa. Por fim em discussão plenária o professor procura orientar a discussão para os aspectos centrais do caso e ligando a teorias relevantes.

Isto é feito com o objectivo de não só de resolver os problemas enfrentados pelo decisor, mas também para aprender a resolver problemas, ganhando experiência repetida na resolução de problemas da vida real através da análise e discussão de uma variedade de casos.[15]

Casos de tomada de decisões

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Este tipo de casos colocam os participantes no papel de uma pessoa (normalmente chamado de "protagonista") que enfrenta um problema e é-lhes pedido que identifiquem, defendam, discutam e refinem soluções para esse problema. No entanto, em claro contraste com outro tipo de jogos de decisão que incluem elementos fictícios, estes casos de tomada de decisões são baseados em descrições fiáveis de situações reais que ocorreram no passado. Seguem habitualmente uma perspectiva de "narrativa interrompida" em que o protagonista se debate com uma decisão importante.[16]

Enquanto os casos de retrospectiva pedem aos alunos a análise de situações e decisões passadas, os casos de tomada de decisões pedem aos participantes que participem activamente na resolução dos problemas.[17]

Publicação de casos

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Uma série de organizações, que incluem case clearing houses, editoras académicas e escolas profissionais publicam casos. Estas organizações incluem:

Ver também

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Referências

  1. a b Admin, LibGuides. «Research Guides Home. Case Method Research Guide. Home.». guides.grc.usmcu.edu (em inglês). Consultado em 30 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 4 de março de 2016 
  2. a b «The HBS Case Method - MBA - Harvard Business School». www.hbs.edu. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  3. School, Harvard Business. «Case Method in Practice - C. Roland Christensen Center for Teaching and Learning - Harvard Business School». www.hbs.edu. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  4. Silva, Sheila Serafim da; Oliveira, Murilo Alvarenga; Motta, Gustavo da Silva (31 de dezembro de 2013). «JOGOS DE EMPRESAS E MÉTODO DO CASO: CONTRIBUIÇÕES AO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM ADMINISTRAÇÃO». Administração: Ensino e Pesquisa. 14 (4): 677–705. ISSN 2358-0917. doi:10.13058/raep.2013.v14n4.52 
  5. «AESE Business School - AESE - Método do Caso». www.aese.pt. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  6. «IIMA Cases - IIMA». iimahd.ernet.in. Consultado em 30 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 13 de novembro de 2015 
  7. «Learning with Cases | Discover Ivey | Ivey Business School». www.ivey.uwo.ca. Consultado em 30 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 6 de outubro de 2014 
  8. «HKS Case Program». case.hks.harvard.edu. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  9. «MBA Sections». www.darden.virginia.edu. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  10. «Case Research and Development». Yale School of Management. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  11. «Case collections - Cranfield School of Management». thecasecentre.org. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  12. a b «The Case Method». www.iese.edu. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  13. «The Purpose of the Case Method» (PDF). Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  14. «Because wisdom can't be told - 1940 - BUSINESS304 - Wiki». wiki.auckland.ac.nz. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  15. «Appendix 2: The case method». www.fao.org. Consultado em 30 de janeiro de 2016 
  16. Clyde Freeman Herreid (Outubro, 2005). «The Interrupted Case Method» (PDF). Consultado em 30 Janeiro de 2016 
  17. «Publishing Guidelines for HKS Teaching Cases» (PDF). HKS. Maio 2010. Consultado em 30 de janeiro de 2016