Manoel Joaquim Schäfer

Joachim Immanuel Schäfer ( 21 de agosto de 1792 em Waldshut - aproximadamente 1890 em Marco) conhecido no Brasil como Manoel Joaquim Chefe ou Schäfer, Manoel Chefe, Manoel Joaquim de Maria, Manoel Schmite ou somente Joaquim Chefe, foi um renomado magistrado teuto-brasileiro no Ceará.[1]

Manoel Joaquim Schäfer
 
Outros nomes Joachim Immanuel Schäfer, Manoel Joaquim Chefe, Manoel Joaquim de Maria, Manoel Schmite.
Nascimento 21 de agosto de 1792
Waldshut
Morte aproximadamente 1890
Marco, Ceará,
Brasil
Nacionalidade Alemanha
Progenitores Mãe: Magdalena Schmidt
Pai: Jacob Schäfer
Ocupação Juiz

Biografia editar

Era filho de Jacob Schäfer e Magdalena Schmidt, e, por parte materna, descendente ilegítimo de Sofia de Hanover, enquanto, por parte paterna, era descendente patrilinear de Peter Schöfer.[2]

Vindo de uma família relativamente abastada, concluiu seus estudos primários e secundários antes de ingressar na Universidade de Freiburgo aos 18 anos. Em 1815, bacharelou-se em ciências jurídicas. Aos 26 anos, por motivos desconhecidos, decidiu imigrar para a recém-criada colônia Leopoldina, a primeira colônia alemã no Brasil, localizada no litoral sul baiano.[3] Entretanto, ao chegar à colônia, percebendo que as oportunidades de prosperidade eram limitadas, aventurou-se no sertão nordestino. Ainda no mesmo ano, estabeleceu-se na ribeira do Acaraú, onde se casou com Maria da Conceição da Silveira Dutra, também conhecida como Anna Maria da Conceição.

Manoel Joaquim Schäfer foi nomeado juiz na povoação de São Manoel do Marco, na época pertencente a Licânia, município de Sobral. Em 1865, foi processado por razões desconhecidas e, posteriormente, condenado, mas a sentença foi anulada.[4] Já em 1879, foi sentenciado novamente, desta vez por supostamente ter sido mandante, juntamente com o Desembargador João de Carvalho, de uma tentativa de assassinato de motivações desconhecidas. Contudo, a sentença também foi anulada.[5]

Do casamento de Manoel Joaquim com Maria, nasceram, até onde se tem conhecimento, onze filhas: Maria Chefe de Menezes, Úrsula Maria de Jesus, Anna Maria da Conceição, Catarina Maria da Conceição, Caetana Francelina de Maria, Clara Maria da Conceição, Maria Angélica de Maria, Maria Joaquina de Jesus Chefe, Maria Tereza do Espírito Santo, Jenoveva Maria da Conceição e Maria da Penha de Araújo.[6]

 
Maria da Conceição da Silveira Dutra também conhecida como Anna Maria da Conceição, esposa do Juiz Manoel Joaquim Schäfer.

Manoel Joaquim faleceu por volta de 1890, em Marco, deixando uma vasta e imensa descendência na região da ribeira do Acaraú, onde se formou uma dinastia política, com todos os prefeitos que já houve na cidade de Marco descendendo do mesmo.[7]

O Monsenhor Waldir Lopes de Castro, seu sobrinho, o apresentador Tom Cavalcante, e a miss Brasil, Emília Barreto, são descendentes do mesmo.[8]

Referências editar

  1. Silva, José Alfredo (2002). Breve História do Município de Marco. [S.l.]: Instituto de pesquisa sobre o desenvolvimento do estado do Ceará 
  2. Alemanha, Baden, Arquidiocese de Freiburg im Breisgau, Registros da Igreja Católica, 1678-1930. [S.l.: s.n.] 
  3. «Helvécia - Antiga Colônia Leopoldina da Bahia». www.bahia-turismo.com. Consultado em 30 de julho de 2023 
  4. «O Cearense (CE) - 1846 a 1891 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 30 de julho de 2023 
  5. «Gazeta do Norte : Orgão Liberal (CE) - 1880 a 1890 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 30 de julho de 2023 
  6. Brasil, Ceará, Nossa senhora da Conceição da Catedral, registros da igreja católica, 1725 - 1971. [S.l.: s.n.] 
  7. «Imigração Internacional no Ceará». Enciclopédia Global™. 9 de maio de 2023. Consultado em 30 de julho de 2023 
  8. «Acervo Histórico de Marco»