Manuel de Lemos Conde

Manuel de Lemos Conde, reinol, era casado em São Paulo com Ana Matoso Mourato, neta do bandeirante Manuel Mourato Coelho.[1]

Começou minerando ouro na Cananéia, por volta de 1650. Foi depois para Paranaguá, dedicando-se inteiramente à pesquisas de minas de ouro e prata, comunicando-as ao governador Afonso Furtado, e ao Rei. Este, em 30 de novembro de 1674 lhe enviou carta de aplauso, declarando conservá-lo no cargo de provedor das Minas descobertas na região, o que foi confirmado a 27 de novembro de 1674 pelo governador Afonso Furtado.[2]

Entretanto, o Ouvidor Pedro de Unhão Castelo Branco, por questões de jurisdição alegadas pelo provedor das Minas de São Paulo, o destituiu do cargo, recebendo censura régia e ordem para o repor, em 19 de março de 1679.

Manuel de Lemos Conde teria sido quem afirmava convicto a existência de prata em Paranaguá, por isso causou a visita de D. Rodrigo de Castelo Branco, ocasião em que lhe foi confiada a chefia de uma bandeira para buscar a prata anunciada.

A bandeira transpôs a serra do Mar e penetrou nos Campos Gerais, derivando para o sul, até o rio Iguaçu e o rio Uruguai, e nada descobriu. D. Rodrigo o destituiu do cargo de provedor das Minas, confiscou seus bens e o prendeu. Em 1681 ainda preso, Lemos Conde se suicidou.

Silva Leme estuda sua família no volume V, pg 424 de sua «Genealogia Paulistana». Ali diz que era o «descobridor das minas de prata de Paranaguá, que foi nomeado provedor dos reais quintos; que em 1647 recebeu uma carta firmada pelo punho do rei, autorizando-o a continuar no cargo de provedor; porém, em 1681 se degolou por suas próprias mãos, estando preso e seqüestrado.»

Referências

  1. «FamilySearch.org: Manuel de Lemos Conde (about 1620–1681)». ancestors.familysearch.org. Consultado em 18 de março de 2023 
  2. «casa de fundição». www.receita.fazenda.gov.br. Consultado em 18 de março de 2023