Mar dos Sargaços

Mar no centro do Atlântico Norte, cercado por correntes oceânicas.
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Mar dos Sargaços

Mar dos Sargaços em destaque.

Localização
Localização
-
Parte de
Oceano Atlântico Norte (d)
Coordenadas
Dimensões
Profundidade média
7 000 m
Hidrografia
Tipo
História
Origem do nome
Mapa

O mar de Sargaços (ou mar dos Sargaços) é uma região alongada no meio do Atlântico Norte, cercado por correntes oceânicas. A oeste, é limitado pela corrente do Golfo; ao norte, é circundado pela Corrente do Atlântico Norte; pelo leste, é limitado pela Corrente das Canárias; e ao sul é circundado pela Corrente Equatorial do Atlântico Norte. Grosso modo, ele possui cerca de 1100 km de largura e 3200 km de comprimento e se estende de cerca de 70 º oeste a 40º oeste, e de 25º norte a 35º norte, entre a América do Norte e a Europa. As Bermudas estão localizadas próximo da orla ocidental do mar. Como não é delimitado por bordas continentais terrestres, Sargaços é o único mar da Terra que não possui costa.[1][2]

Características editar

 
Sargaços flutuantes no Mar dos Sargaços.

O mar de Sargaços (ou mar dos Sargaços) possui águas quentes (atingindo mais de 28°C), elevados índices de salinidade (mais de 37 milésimos), e é frequentemente considerado como sendo sem vida, embora seja o habitat de várias algas do gênero Sargassum, crustáceos e peixes, como o peixe-voador (Exocoetus volitans). Estas algas flutuam em massa em sua superfície, constituindo-se como ilhas ou campos de vegetação marinha. O mar de Sargaços também desempenha um importante papel na migração das enguias, tanto europeias quanto norte-americanas; as larvas de ambas as espécies eclodem lá e seguem para a costa da Europa ou a costa leste da América do Norte. Posteriormente, já adultas, retornam ao mar de Sargaços para se reproduzir.

Histórico editar

Os marujos portugueses estiveram dentre os primeiros a descobrir a região no século XV. Cristóvão Colombo e seus homens também depararam com o mar de Sargaços e fizeram relatos sobre as grandes quantidades de algas em sua superfície, quando cruzaram o Atlântico rumo à América em 1492. O almirante cartaginês Himilco já havia feito descrições similares após cruzar as Colunas de Hércules:

"Muitas algas crescem em meio às ondas, as quais retardam o navio como se fossem arbustos (...) Aqui, as bestas marinhas movem-se vagarosamente de um lado para o outro, e grandes monstros nadam languidamente entre os navios que se arrastam" (Avieno).

Devido à sua proximidade com as Bermudas (e, consequentemente, com o Triângulo das Bermudas), ao mar são creditados alguns dos estranhos desaparecimentos ali ocorridos; além disso, o estigma é reforçado pela às vezes total ausência de vento em sua superfície e a possibilidade de que embarcações modernas se enredem nos sargaços, resultando em mais embarcações encalhadas. Por estas razões, ele é por vezes citado como um cemitério de navios.

Referências

  1. Dempsey, Caitlin (11 de dezembro de 2015). «The Only Sea in the World Without a Coast». Geographyrealm.com (em inglês). Consultado em 13 de junho de 2020 
  2. Buchan, Alastair (1 de junho de 2013). «The Atlantic Sailor's Handbook». A&C Black (Google Livros) (em inglês). Consultado em 13 de junho de 2020 

Bibliografia editar

  • Mar de Sargaços em "Enciclopédia Barsa" (vol. 12, p. 360). Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica Editores Ltda. 1964.