Marceline Desbordes-Valmore
Marceline Desbordes-Valmore (Douai, 20 de junho de 1786 - Paris, 23 de julho de 1859) foi uma atriz, cantora e poetisa da França da escola literária do Romantismo. Considerada como uma das melhores poetas do romantismo francês e única mulher dos chamados poetas malditos.[1] Marceline escreveu sobre a beleza de sua cidade de nascimento, sobre relações amorosas, dificuldades e alegrias das vidas de mulheres e crianças.[1]
Marceline Desbordes-Valmore | |
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Nascimento | 20 de junho de 1786 Douai, França |
Morte | 23 de julho de 1859 |
Ocupação | Poeta |
Biografia
editarSeu pai, Joseph Desbordes, era pintor de escudos e brasões de famílias e teve seu negócio declinado com a Revolução.
Durante a Revolução Francesa, ela se mudou com sua mãe para o arquipélago de Guadalupe, representando papéis menores no cinemas em cidades onde passou, entre Douai e Bordeaux. Publicou seu primeiro poema em 1807, intitulado Le Billet. Quando sua mãe morre de febre amarela (1801), a filha continuou sua carreira de atriz e foi contratada pela Ópera Comique graças as recomendações de Guétry. Cantou O Barbeiro de Sevilha na Odeon e em Bruxelas. Se apaixonou por Henri de Latouche (1785-1851), de quem teve um filho e encorajou-o a escrever, e finalmente se casou em 1817 com o ator Prosper Lanchantin Valmore e viveu miseravelmente, com muitos infortúnios. Ela publicou a primeira edição de seus Élégies et Romances em 1818. Fez várias aparições como atriz e cantora no Teatro Nacional da Ópera-Comique e no Teatro La Monnaie, em Bruxelas.
Com a ajuda de Madame Recamier, Mademoiselle Mars, Alphonse Lamartine, Victor Hugo e Dumas, e mais tarde de Sainte-Beuve e Baudelaire, publicado outras coleções de versos. Antecipa-se a Paul Verlaine e Arthur Rimbaud e abre da poética de Renee Vivien, Anna de Noailles e Marie Noël.
Sua poesia é conhecida por sua estética sombria, deprimente e intransigente. É a única mulher incluída em uma seleção de poetas de Paul Verlaine conhecidos como poetas malditos. Uma cópia de seus poemas foi encontrado na biblioteca pessoal de Friedrich Nietzsche.
Obras
editarReferências
editar- ↑ a b "Desbordes-Valmore, Marceline - Introduction." Nineteenth-Century Literary Criticism. Ed. Juliet Byington. Vol. 97. Gale Cengage, 2001. eNotes.com. 2006. 20 Jun, 2011 <http://www.enotes.com/nineteenth-century-criticism/ Arquivado em 27 de maio de 2011, no Wayback Machine. marceline-desbordes-valmore>
Bibliografia
editar- Sainte-Beuve, Portraits contemporains, t. II, Paris, 1846, et Causeries du lundi, t. XIV, Paris, 1862, et Nouveaux Lundis, t. XII.
- Lucien Descaves, La Vie douloureuse de Marceline Desbordes-Valmore, Paris. 1898. Réédité par les Éditions d'art et de littérature, 1910.
- Stefan Zweig, Marceline Desbordes-Valmore, Paris, 1924.
- Jacques Boulenger, Marceline Desbordes-Valmore, sa vie et son secret, Paris, 1927.
- Manuel Garcia Sesma, Le Secret de Marceline Desbordes-Valmore Paris, 1945.
- Madeleine Fargeaud, « Autour de Balzac et de Marceline Desbordes-Valmore » in Revue des sciences humaines, avril—juin 1956.
- Éliane Jasenas, Marceline Desbordes-Valmore devant la critique, éditions Minard, 1962.
- Jeanine Moulin, Marceline Des-bordes-Valmore, Seghers, coll. « Poètes d'aujourd'hui », 1955.
- Georges-Emmanuel Clancier, Marceline Desbordes-Valmore ou le génie inconnu, Seghers, coll. « Panorama de la poésie française » 1983.
- Francis Ambrière, Le siècle des Valmore, Marceline Desbordes-Valmore et les siens, t. 1 : 1786-1840, t. 2 : 1840-1892, Seuil, 1987.
- Marc Bertrand, Une femme à l'écoute de son temps, réédition, Jacques André Éditeur, 2009