Margem (finanças)
Em finanças, uma margem é uma garantia que o detentor de um instrumento financeiro tem de depositar para cobrir a totalidade ou parte do risco de crédito da sua contraparte (geralmente um corretor ou uma bolsa).[1][2] Este risco pode existir se o detentor:
- pedir dinheiro emprestado à contrapartida para comprar instrumentos financeiros; ou
- vender instrumentos financeiros a descoberto, ou
- fizer parte de um contrato de derivados
A garantia pode ser na forma de dinheiro ou valores mobiliários, e é depositado num conta margem.
Compra em margem
editarA compra em margem consiste na aquisição de valores mobiliários com fundos obtidos por empréstimo de um corretor, usando outros valores mobiliários como garantia. Tal tem o efeito de aumentar qualquer ganho ou perda obtidos sobre os valores mobiliários. Os valores mobiliários servem de garantia do empréstimo. O valor líquido, i.e., a diferença entre o valor dos valores mobiliários e o valor do empréstimo, é inicialmente igual à quantia de dinheiro usada. Esta diferença tem de permanecer acima de um requisito de margem mínima, cujo propósito é proteger o corretor contra uma diminuição do valor dos valores mobiliários até ao ponto do investidor já não ser capaz de cobrir o empréstimo.
Referências
- ↑ Cundiff, Kirby R. «Monetary-Policy Disasters of the Twentieth Century». The Freeman Online. Consultado em 10 de fevereiro de 2009
- ↑ Rappoport, Peter; White, Eugene N. (Março de 1994). «Was the Crash of 1929 Expected?». United States: American Economic Association. The American Economic Review. 84 (1): 271–281. JSTOR 2117982