Martin Ivanovich Latsis (russo: Мартын Иванович Лацис, nascido Jānis Sudrabs) (14 de dezembro de 1888 - 11 de fevereiro de 1938) foi um político, revolucionário e alto funcionário da segurança Soviética na Curlândia (hoje – Latvia). Ele era membro do Partido Bolchevique desde 1905 (um "Velho Bolchevista"),[1] ele foi um participante ativo nas Revoluções Russas de 1905 - 1907 e na de 1917.

Martin Latsis
Martin Latsis
Nascimento 16 de dezembro de 1888
Vecpiebalga Parish
Morte 20 de março de 1938 (49 anos)
Moscovo
Cidadania Império Russo, Rússia bolchevique, União Soviética, Letónia
Ocupação político
Prêmios
Empregador(a) Tcheka, State University of Land Use Planning, Plekhanov Russian Economic University
Causa da morte perfuração por arma de fogo

Foi membro do Comitê Revolucionário Militar e presidente da Tcheka na Ucrânia (1919) onde atuou de forma brutal nos contra-revolucionários na Frente Oriental durante a Guerra Civil.[2][3] Posteriormente foi membro do Comitê Executivo Central de Todas as Rússias e entre 1932 e 1937 foi diretor da Academia Russa Plekhanov de Economia.

Latsis foi o autor do livro "Dva goda borby na vnutrennom fronte" (Dois anos de luta na Frente Interna, Moscou:. Gos IZD-VO, 1920), em que ele defendia a violência desenfreada contra os inimigos de classe. Ele se gabava das políticas repressivas duras usadas pela Tcheka.[4] Em 1918, enquanto vice-chefe da Tcheka na Ucrânia, ele estabeleceu o princípio de que as sentenças não eram para ser determinado pela culpa ou inocência, mas por classe social. Ele é citado de ter explicado o Terror Vermelho da seguinte forma:

Estamos empenhados em exterminar a burguesia como classe. Você não precisa provar que este ou aquele homem agiu contra os interesses do poder soviético. A primeira coisa que você tem que perguntar a uma pessoa detida é: Em que classe ele pertence, onde é que ele vem, que tipo de educação que ele tem, qual é a sua profissão? Estas perguntas são para decidir o destino do acusado. Essa é a quintessência do Terror Vermelho.[5][6]

Latsis se tornou uma vítima do regime soviético durante Grande Expurgo nos anos 1930, quando ele foi preso no dia 29 de novembro de 1937 e acusado por uma comissão de NKVD e pelo procurador da URSS de pertencer a uma "contra-revolucionária, organização nacionalista". Ele foi executado em 1938 por um pelotão de fuzilamento.[4]

Em 1956, o Colegiado Militar do Supremo Tribunal da URSS o reabilitou politicamente.[4]

Referências

  1. Adelman, Jonathan R. (editor); Terror and Communist Politics: The Role of the Secret Police in Communist States, Westview Press, 1984; ISBN 978-0-86531-293-7; pagina 81
  2. Bei Igors Vārpa: Latviešu karavīrs zem Krievijas impērijas, Padomju Krievijas un PSRS karogiem. Latviešu strēlnieki triju vēstures laikmetu griežos. (Nordik, Riga 2006), ISBN 9984-792-11-0. - pagina 290
  3. Björn M. Felder: Lettland im Zweiten Weltkrieg: Zwischen sowjetischen und deutschen Besatzern 1940-1946. 2009 Schöningh ISBN 978-350-6765-444 - pagina 130
  4. a b c "Latsis Martin Ivanovich", sua biografia no www.hrono.ru (em Russo)
  5. Tolczyk, Dariusz See no evil: Literary cover-ups and discoveries of the Soviet camp experience Yale University Press, 1999, p. 19. ISBN 978-0-300-06608-1
  6. Yevgenia Albats and Catherine A. Fitzpatrick. The State Within a State: The KGB and Its Hold on Russia -Past, Present, and Future, 1994. ISBN 0-374-52738-5.