Massacre na Escola Primária de Ikeda

esfaqueamento em massa em uma escola primária em Ikeda, Osaka, Japão em 2001

O massacre na escola primária de Ikeda foi um ataque ocorrido em 8 de junho de 2001. A escola atacada está situada em Ikeda, na prefeitura de Osaka, Japão, e é considerada uma escola de elite afiliada à Universidade de Osaka Kyoiku.

No total, oito crianças foram assassinadas pelo ex-zelador Mamoru Takuma, que posteriormente foi sentenciado à morte por enforcamento. O acontecimento, por sua vez, repercutiu diversas questões sobre as políticas sociais do Japão.

Ataque editar

Em 8 de junho de 2001, às 10 horas e 15 minutos, horário local, o ex-zelador de 37 anos, Mamoru Takuma, entrou na escola armado com uma faca de cozinha e começou a esfaquear crianças e professores. Ele matou oito crianças, a maioria com sete e oito anos de idade, e feriu gravemente outras treze crianças e dois professores.[1]

Contexto editar

Takuma foi diagnosticado com transtorno de personalidade paranoide.[2][3] Após o ataque, ele foi condenado e sentenciado à morte por enforcamento. Sua execução ocorreu em 14 de setembro de 2004.[4]

O ataque foi o quinto maior assassinato em massa, juntamente com o incidente de Matsumoto; na história recente do Japão, ele é superado em fatalidades apenas pelo ataque com gás sarin ao metrô de Tóquio, o incêndio do cinema Osaka,[5] o massacre de Sagamihara e o incêndio do edifício Myojo 56. O incidente, no entanto, diferenciou-se pela idade das vítimas, a localidade (uma escola) e histórico de transtorno mental do perpetrador.[4] Devido a esses fatores, o ataque levantou questões sobre as políticas sociais do Japão para lidar com transtornos mentais, os direitos das vítimas e dos criminosos e a acessibilidade e segurança das escolas japonesas.[6][7]

Após o ataque, Yoshio Yamane, o diretor administrativo da escola, anunciou que montaria uma guarda de segurança, uma prática inédita nas escolas japonesas.[4]

Fatalidades editar

Todas as vítimas eram do sexo feminino que cursava a segunda série, exceto por um menino da primeira série:[8]

  • Yuki Hongo (本郷 優希 Hongō Yūki)
  • Mayuko Isaka (猪阪 真宥子 Isaka Mayuko)
  • Yuka Kiso (木曽 友香 Kiso Yūka)
  • Ayano Moriwaki (森脇 綾乃 Moriwaki Ayano)
  • Maki Sakai (酒井 麻希 Sakai Maki)
  • Takahiro Totsuka (戸塚 健大 Totsuka Takahiro) (única vítima do sexo masculino)[4]
  • Hana Tsukamoto (塚本 花菜 Tsukamoto Hana)
  • Rena Yamashita (山下 玲奈 Yamashita Rena)

Referências

  1. Struck, Doug (9 de junho de 2001). «School Stabbings Diminish Japan's Feelings of Safety». The Washington Post (em inglês). Cópia arquivada em 10 de junho de 2001 
  2. «Suspect may suffer from personality disorder» (em inglês). The Japan Times. Consultado em 26 de junho de 2017. Cópia arquivada em 20 de fevereiro de 2018 
  3. «Osaka massacre suspect Takuma not schizophrenic: psychiatrist» (em inglês). Kyodo News. 28 de março de 2002. Consultado em 26 de junho de 2017. Cópia arquivada em 5 de abril de 2018 
  4. a b c d «Japan mourns school victims» (em inglês). CNN. 10 de junho de 2001. Consultado em 5 de fevereiro de 2010. Cópia arquivada em 9 de janeiro de 2008 
  5. «Fire at Japanese Adult Video Theater Kills 15» (em inglês). Fox News. Consultado em 3 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2018 
  6. «Human Rights in Japan - Extrajudicial, Summary or Arbitrary Executions». extrajudicialexecutions.org. Consultado em 3 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 20 de fevereiro de 2008 
  7. Watts, Jonathan (julho de 2001). «Japan reviews policy on mental illness and crime» (fee required). The Lancet. 358 (9278). 305 páginas. PMID 11498227. doi:10.1016/S0140-6736(01)05527-1 
  8. «Knife-Wielding Man Kills 8 Children at Japanese School». The New York Times (em inglês). Consultado em 3 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2018 .