Medicina da conservação

Medicina da conservação é uma ciência multidisciplinar que busca a promoção da saúde ecológica na sociedade e na natureza através da interação entre as saúdes humana, animal e ambiental. Seu objeto de estudo são as interações entre dos organismos patogênicos, as espécies e os ecossistemas.

Se fez e se faz necessária devido a grande exploração humana quanto aos ecossistemas naturais por causa dos avanços na agricultura e diversas atividades produtivas de caráteres antrópicos, há constante crescimento no desequilíbrio ambiental trazendo como consequência situações emergenciais quanto à patógenos em todo o mundo, atingindo assim a saúde humana, animal e ecológica em geral.

Conceito

editar

O termo “medicina da conservação” foi introduzido por Koch em 1996, definido como “um amplo contexto ecológico, no qual a saúde das espécies está interconectada aos processos ecológicos que governam a vida”.

Os pesquisadores brasileiros Mangini e Silva (2006) definiram medicina da conservação como “a ciência para a crise da saúde ambiental e a consequente perda da diversidade biológica, desenvolvida por meio da transdisciplinaridade na execução de pesquisas, ações de manejo e políticas públicas ambientais voltadas à manutenção da saúde de todas as comunidades biológicas e seus ecossistemas”.

História

editar

Nas décadas de 1960 e 1970 a percepção quanto aos limites dos recursos naturais não era pensada nem discutida, com o passar do tempo já em um contexto de perda de biodiversidade profissionais ligados à estas áreas (como biólogos e veterinários) iniciaram atuação em uma nova área denominada biologia da conservação. No final de 1980 epidemias começaram a ocorrer tanto em espécies humanas e não humanas, ou seja, grande multiplicação e desenvolvimento de diferentes patógenos, p. ex. o declínio global de anfíbios por múltiplas causas; o surgimento da pneumonia asiática em humanos e a chegada da Febre do Nilo à América do Norte (Mangini e Silva, 2006). Na transição entre séc. XX e séc. XIX aconteceram diversas alterações ambientais (inclusive devido a globalização cada vez maior) como o aumento da circulação de pessoas, animais e produtos, em âmbito mundial,, fazendo com que se percebesse a necessidade da conservação não de espécies específicas mas de todos os conjuntos formadores dos ecossistemas, culminando assim na áreas de conhecimento denominada medicina da conservação.

Brasil

editar

Em 2004 foi criado o Instituto Brasileiro para a Medicina da Conservação (IBMC - Tríade). Em 2007 o Instituto de Ensino, Pesquisa e Preservação Ambiental Marcos Daniel - IMD promoveu o I Encontro Internacional de Medicina da Conservação em parceria com o Tríade e a Faculdade de Saúde e Meio Ambiente (FAESA), neste evento ocorreu a produção da 'Carta de Vitória', documento no qual continha diretrizes para a medicina da conservação na América Latina. Em 2009 houve o II Encontro Internacional de Medicina da Conservação. Evento que teve como parcerias o Tríade, o IMD, da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).[1]

Ligações Externas

editar
  Este artigo sobre Biologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Referências

editar
  1. da, Silveira, Júlia Angélica Gonçalves; Lauria, DElia, Mirella (2014). «Medicina da conservação: a ciência da saúde do ecossistema». Cad. técn. Vet. Zoot.