Memórias de Guerra

Memórias de Guerra (em francês: Mémoires de guerre) é um livro composto por três volumes escrito por Charles de Gaulle que conta os desenvolvimentos da Segunda Guerra Mundial, desde a ocupação da França pela Alemanha Nazi, em 1940, até à demissão de de Gaulle como Presidente do Governo Provisório da República da França, em 1946.

Mémoires de guerre
Memórias de Guerra
Autor(es) Charles de Gaulle
Idioma francês
Assunto Segunda Guerra Mundial
Gênero Memórias
Editora Plon
Lançamento 1954-1959
Páginas 1 518
Edição portuguesa
Editora Publicações Europa-América
Lançamento 1966-1968

Enquadramento

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Charles de Gaulle expôs neste livro a história da França Livre durante a Segunda Guerra Mundial e descreve o seu desenvolvimento em grande detalhe. Acrescenta, para apoiar as suas observações, numerosos documentos em apêndice (e não dentro do trabalho como Winston Churchill fez, por exemplo, na sua obra A Segunda Guerra Mundial), como mapas, telegramas, cartas, transcrições de discursos ou entrevistas. Apresenta-se como um defensor dos valores tradicionais franceses, como um patriota lutando pela grandeza do seu país, e as primeiras frases dessas Memórias já refletem o seu orgulho nacional e a sua visão da França

Durante toda a minha vida, tive uma certa ideia da França. O sentimento me inspira, assim como a razão. O que é emocional em mim naturalmente imagina a França, como a princesa dos contos ou a Madona nos afrescos das paredes, condenada a um destino eminente e excepcional. Sinto instintivamente que a Providência a criou para sucessos completos ou infortúnios exemplares. Se acontece que a mediocridade marca, porém, suas ações e gestos, experimento a sensação de uma anomalia absurda, atribuível às falhas dos franceses, não ao gênio da pátria. Mas também, o lado positivo da minha mente me convence de que a França está realmente apenas no primeiro lugar; que somente grandes empreendimentos são capazes de compensar os fermentos de dispersão que seu povo carrega dentro de si; que nosso país, como é, entre os outros, como são, deve, sob pena de perigo mortal, mirar alto e manter-se em linha reta. Em suma, na minha opinião, a França não pode ser França sem grandeza.[1]

Volumes

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A obra é dividida por três volumes:

  1. L'Appel, 1940-1942 (O Apelo) (1954)
  2. L'Unité, 1942-1944 (A Unidade) (1956)
  3. Le Salut, 1944-1946 (A Vitória) (1959)

Referências

  1. Charles de Gaulle (1954). Mémoires de guerre – L'Appel : 1940-1942 (tome I). [S.l.]: Plon. 7 páginas. 978-2-266-09526-6 
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