Mercedes-Benz L-1111

O Mercedes-Benz L-1111, popularmente conhecido como 1111, foi o primeiro modelo de caminhão de cabine 'semiavançada' fabricado no Brasil pela companhia alemã Mercedes-Benz, sendo produzido entre 1964 e 1970 e seu sucessor L-1113 produzido entre 1970 e 1987, foram os modelos de caminhões mais vendidos da história do Brasil. Juntos tiveram 240.000 unidades vendidas no País. [1][2]

Mercedes-Benz L-1111
Mercedes-Benz L-1111
Visão geral
Produção 1964 - 1970 (Brasil)
Fabricante Mercedes-Benz, grupo Daimler AG
Modelos relacionados L-323
Cronologia
L-1113 (Brasil)

História editar

Desenvolvimento editar

Após o sucesso do L-312 e do LP-321, a Mercedes-Benz do Brasil S.A. representante nacional da Mercedes-Benz fundada em 1953, decidiu investir em uma nova linha de caminhões de alta eficiência e adaptados para transportes a longa distância em uma época em que o as grandes rodovias federais brasileiras, estavam sendo construídas e já traçavam o interior do país, porém grande parte ainda sem pavimentação.[3][4]

A solução encontrada pelos fabricantes nacionais de veículos comerciais foi projetar e fabricar modelos de caminhões adaptados as dificuldades das rodovias brasileiras da época. A resposta da Mercedes-Benz veio com lançamento do L-1111 em 1964 , o primeiro da série com cabine semiavançada AGL.[5]

Características editar

Com um PBT (peso bruto total) de 10.500 kg, ele possuía o mesmo motor OM-321 do lp 321 de seis cilindros em linha e 5,1 litros com 110 cv, ainda com injeção indireta, e transmissão de cinco marchas sincronizadas. Como o antecessor, oferecia três versões: L (Lastwagen, caminhão em alemão) com três opções de distâncias entre eixos, LK (Kipper ou basculante) e o cavalo mecânico LS (Sattelschlepper ou reboque). O número 1111 indicava o peso bruto total (PBT) de 11 toneladas e a potência de 110 cv, um padrão duradouro nessa e em outras marcas. No ano seguinte estreavam o LA, o LAK e o LAS-1111 com tração 4×4.[6]

Os grandes diferenciais do L-1111 para os antecessores eram sua robustez e durabilidade, que garantiam alto valor de revenda. Projetado para que a manutenção fosse relativamente fácil, de modo que o próprio motorista conseguia fazer reparos apenas com ferramentas básicas. Com uma cabine ampla apoiada sobre um sistema de amortecedores, faziam do L-1111 algo ainda inédito na época para um caminhão, assentos com altura ajustável e sistema de ventilação, algo considerado avançado para época.[2]

Fim de produção editar

No início da década de 1970, a Mercedes-Benz lançou o L-1113 e o L-1111 saiu de linha ainda como líder de vendas. O L-1113 com o mêsmo design, porém com o motor agora mais potente o substituiu.[5] Nos seis anos em que o L1111 foi fabricado, ele dominou o mercado de caminhões semipesados, terminando a década de 1960 com 40 mil unidades emplacadas em todo o país.[6]

Referências

  1. «Mercedes-Benz celebra 65 anos de Brasil e a evolução do transporte». Estradão. 27 de setembro de 2021. Consultado em 17 de abril de 2023 
  2. a b «VÍDEO: como é dirigir um caminhão de 50 anos atrás». autoesporte. Consultado em 17 de abril de 2023 
  3. Kutney, Pedro (5 de agosto de 2021). «O polonês que trouxe a Mercedes-Benz ao Brasil». automotivebusiness.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  4. «Mercedes-Benz do Brasil é na Mecasul - Mercedes-Benz». www.mecasul.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2023 
  5. a b «Mercedes-Benz AGL, a longeva série iniciada com o "Fusca" dos caminhões – Auto Livraria Best Cars». Consultado em 19 de abril de 2023 
  6. a b «Actros e L-1111: guiamos dois ícones dos caminhões Mercedes-Benz». Quatro Rodas. Consultado em 19 de abril de 2023 


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