Monitoramento ambiental
Monitoramento ambiental (português brasileiro) ou Monitorização Ambiental (português europeu) consiste num conjunto de observações e medições de parâmetros ambientais, de modo contínuo ou frequente, podendo ser usado para controlo ou alarme.

Microescala
editarA monitorização será em micro escala quando se pretende monitorizar e acompanhar um ou vários parâmetros localizados num contexto geográfico pequeno e limitado, tal como o controlo de emissões gasosas à saída de uma fábrica.
Em termos de micro escala, a monitorização ambiental é, geralmente, usada para controlo de emissões poluentes, sejam elas gasosas ou líquidas. Através de medições frequentes, verifica-se a conformidade ou não com os requisitos legais e/ou operacionais.
As medições ambientais de micro escala podem ser desenvolvidas no âmbito do processo de licenciamento ambiental, por meio de condicionantes. Cada órgão ambiental é livre para estabelecer exigências e métodos que devem ser aplicados às medições, sob pena de serem desconsideradas[1].
Macroescala
editarÉ considerada em macroescala nos casos de uma área geográfica vasta, como o controlo da qualidade das águas de um lago, ou a evolução de um determinado equilíbrio entre espécies numa zona protegida.
A monitorização ambiental no quadro de uma gestão equilibrada e adaptativa permite avaliar se a evolução decorre de modo equilibrado, para que se possa corrigir situações de potencial risco ou desequilíbrio.
Assim, ao fornecer informações sobre o estado do ambiente, quer sejam relativamente a um dado momento ou referentes a sua evolução com o tempo, torna-se um importante instrumento para tomadas de decisão no âmbito do desenvolvimento sustentável.
Geoprocessamento no Monitoramento Ambiental
editarAs geotecnologias, como o geoprocessamento e o sensoriamento remoto, desempenham um papel crucial na monitorização das atividades humanas e de seus impactos ambientais. O geoprocessamento, abrangendo diversas técnicas e conceitos de cartografia, sensoriamento remoto e Sistemas de Informações Geográficas (SIG), torna-se fundamental nesse contexto.[2][3]
A implementação de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) se destaca como uma ferramenta essencial para o controle e monitoramento ambiental. Além de armazenar imagens e dados, o SIG permite a integração dessas informações, proporcionando uma visão abrangente e precisa da área em estudo. Essas tecnologias também se mostram promissoras no gerenciamento e monitoramento ambiental, especialmente na análise da incidência e quantificação de áreas afetadas por incêndios.[2][4]
O termo "geomonitoramento" refere-se a uma prática com diversas aplicações, incluindo, mas não se limitando a:[5]
a) Atualização constante da base cartográfica e do banco de dados da empresa, abrangendo aspectos como retalhamento e infraestrutura.
b) Apoio a grupos envolvidos na proteção florestal, por meio da identificação e mapeamento de áreas com risco de incêndios, ataques de pragas, doenças, entre outros.
c) Acompanhamento da situação de áreas de preservação permanente e reservas legais.
d) Avaliação da disponibilidade de matéria-prima em áreas pertencentes a terceiros.
O geomonitoramento tem a capacidade de organizar uma ampla variedade de informações relacionadas a um local específico, abrangendo dados sobre recursos hídricos, características do solo, distribuição de recursos biológicos (fauna e flora) e até mesmo a presença e distribuição de recursos minerais. [6]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Entenda As Exigências Antes de Contratar Medições Ambientais - Junio Magela - Advogado - Direito Ambiental - BH - MG». juniomagela.com.br. Consultado em 20 de agosto de 2018
- ↑ a b «OLIVEIRA, Viviane da Silva. Geoprocessamento como ferramenta para o monitoramento ambiental de unidades de conservação: o caso do Parque Estadual dos Pirineus e da APA dos Pirineus. 2018.». Consultado em 28 de novembro de 2023
- ↑ Silva, João dos Santos Vila da (29 de março de 2018). «Analise multivariada em zoneamento para planejamento ambiental : estudo de caso : bacia hidrografica do alto rio Taquari MS/MT». Consultado em 29 de novembro de 2023
- ↑ Oliveira, Paulo Tarso Sanches de; Ayres, Fabio Martins; Peixoto Filho, Getúlio Ezequiel da Costa; Martins, Ivan Pedro; Machado, Nicia Maria (junho de 2008). «Geoprocessamento como ferramenta no licenciamento ambiental de postos de combustíveis». Sociedade & Natureza: 86–99. ISSN 0103-1570. doi:10.1590/S1982-45132008000100006. Consultado em 29 de novembro de 2023
- ↑ «VETTORAZZI, Carlos A. Técnicas de geoprocessamento no monitoramento de áreas florestadas. Série Técnica IPEF, v. 10, n. 29, p. 45-51, 1996.» (PDF). Consultado em 28 de novembro de 2023
- ↑ «IBRAHIN, Francini Imene Dias. Introdução ao geoprocessamento ambiental. Saraiva Educação SA, 2014.». Consultado em 28 de novembro de 2023
Bibliografia
editar- O'Riordan, T. Environmental Science for Environmental Management, Longman, Essex: 1995.
- Santos, O. Gestão Ambiental, Editora Lidel, Lisboa: 2003.