Monumento ao 22 de novembro de 1970

Monumento ao 22 de novembro de 1970
Monument du 22 novembre 1970
Apresentação
Tipo
Memorial, estátua
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Comemora
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País
Divisão administrativa
Coordenadas
Mapa

O Monumento ao 22 de novembro de 1970, localizado em Conacri, capital da Guiné, celebra a vitória guineense sobre as tropas portuguesas, que em 1970 tentaram forçar um golpe de Estado no país por meio da Operação Mar Verde.[1]

História editar

 Ver artigo principal: Guerra Colonial Portuguesa

Em 1960, Ahmed Sekou Touré, presidente da República da Guiné, recebeu e apoiou Amílcar Cabral e a sua organização, o PAIGC, que pretendia a independência da Guiné Portuguesa (hoje Guiné-Bissau) e de Cabo Verde de Portugal.[2] Em 1963, o PAIGC deu início à Guerra da Independência da Guiné-Bissau.[3]

Na noite de 21 para 22 de novembro de 1970, cerca de 200 guineenses armados - opositores de Touré, vestidos com uniformes semelhantes aos do Exército guineense e comandados por oficiais portugueses - e 220 soldados afro-portugueses e portugueses invadiram alguns pontos em torno de Conacri, dando início à Operação Mar Verde. Os objetivos da operação incluíam a derrubada do governo de Touré, a captura do líder do PAIGC, Amílcar Cabral, a destruição dos meios navais e aéreos do PAIGC e dos seus apoiantes guineenses, e o resgate de prisioneiros de guerra portugueses detidos em Conacri.

Os invasores capturaram Camp Boiro, campo de concentração usado para prender desafetos do regime,[4] e libertaram os prisioneiros. O comandante do campo, Siaka Touré, conseguiu se esconder, mas o general Lansana Diané, ministro da Defesa, foi capturado. Eventualmente, Diané conseguiu fugir e se refugiou com o embaixador argelino. A tentativa de golpe falhou e muitos oponentes do regime foram presos e encarcerados em Camp Boiro.[5]

A construção do monumento começou em preparação ao aniversário de um ano da Operação, em memória das vítimas da tentativa de golpe.[6] O presidente Touré lançou a pedra fundamental. Muitos funcionários guineenses e trabalhadores guineenses e chineses foram ao local. Tsao Kouan-lin, encarregado de negócios chinês, fez um discurso no qual elogiou a amizade militante entre os povos da Guiné e da China.[7]

Galeria editar

Cada lado do Monumento contem uma citação, a saber:

Referências editar

  1. «Conakry: Capital of Islamic Culture in the African Region for 2011». ISESCO. 21 de abril de 2011. Consultado em 24 de novembro de 2020 
  2. ISSAfrica.org. «Events». ISS Africa (em inglês). Consultado em 24 de novembro de 2020 
  3. «Black revolt». The Economist. 22 de novembro de 1980. ISSN 0013-0613. Consultado em 24 de novembro de 2020 
  4. Human Rights Watch (2007). Dying for Change: Brutality and Repression by Guinean Security Forces in Response to a Nationwide Strike (em inglês). [S.l.]: Human Rights Watch. p. 88 
  5. Diallo, Alpha-Abdoulaye (2004). Dix ans dans les géôles de Sékou Touré, ou, La vérité du ministre (em francês). Paris: L'Harmattan. p. 24. OCLC 57333586 
  6. Lewi, André (2010). Ahmed Sékou Touré, 1922-1984: président de la Guinée de 1958 à 1984 (em francês) 6ª ed. Paris: L'Harmattan. p. 34. OCLC 420318961 
  7. «Daily report: People's Republic of China». United States. Foreign Broadcast Information Service (233 - 251): Pg. 27. 1972. Consultado em 24 de novembro de 2020