Museu Fonográfico Tuneril

O MFT - Museu Fonográfico Tuneril é um museu virtual, único no género, no mundo, que apresenta as imagens dos trabalhos fonográficos produzidos pelas tunas académicas portuguesas.[1]

O MFT foi criado em 2013 e é único no seu género no mundo tuneril;[2]

História editar

O MFT nasceu em 2013, pela mão de Ricardo Tavares e Jean-Pierre Silva – seu actual curador e responsável, no âmbito do trabalho desenvolvido pelo CoSaGaPe, decorrente da necessidade de realizar uma catalogação minuciosa de tudo quanto havia sido editado, em Portugal, pelas tunas académicas, complementando a primeira lista de existência publicada na obra QVID TVNAE?[3]

 
Página FB onde todo o acervo é partilhado online.

Considerou-se essencial conhecer tudo quanto havia sido editado, em termos de discografia, pelas tunas académicas portuguesas, procurando coligir, catalogar e promover esse amplo acervo que estava espalhado e sob risco, em muitos casos, de ficar obliterado.

Com efeito, um considerável número de títulos tinha sido produzido em pequena escala (usualmente entre 500 e 1000 exemplares), logo absorvidos localmente (por familiares e amigos), não chegando ao conhecimento do grande público (sobretudo da comunidade tunante portuguesa).[4]

Era, pois, essencial recuperar e dar visibilidade a toda essa produção, em parte quase desconhecida e em vias de ficar irremediavelmente perdida no esquecimento, partilhando todo esse legado quer com os próprios contemporâneos quer com as gerações vindouras.[5]

 
Alguns dos discos em vinil que integram a colecção do museu.

O MFT propôs-se, portanto, realizar esse trabalho de recolha e promoção, apresentando imagens de todos esses trabalhos produzidos, numa página de Facebook, que as pessoas podem consultar, permitindo, assim, descobrir muitos discos até então desconhecidos ou, ainda, a associar o nome das edições à memória visual das mesmas.[6]

Funcionamento editar

O MFT, como museu virtual que é, assenta no acervo pessoal dos seus colaboradores, possuindo uma galeria organizada de imagens de toda a fonografia reunida. A equipa de colaboradores conta, entre outros, com Ricardo Tavares, Eduardo Coelho, João Paulo Sousa, Paulo Cunha Martins (já falecido), José Rosado e, como curador, Jean-Pierre Silva.[7]

Acervo editar

O MFT conseguiu, até agora, identificar e repertoriar quase 3 centenas de títulos (discos em vinil, K7, VHS, CD e DVD's), maioritariamente constituídos por trabalhos produzidos a partir de meados da década de 1980, sendo que concorrem para essa produção pouco mais de sessenta tunas.[8]

 
O acervo do MFT é constituído por cerca de 3 centenas de títulos entre discos em vinil (EP e LP's), K7, VHS, CD e DVD's).

O ano com mais títulos produzidos é o ano de 2000, com 20 trabalhos e a tuna com mais títulos editados é a Azeituna – Tuna de Ciências da Universidade do Minho (com 12). As décadas mais produtivas são a década de 2000, com 116 trabalhos, seguindo-se a década de 2010, com 84, e a década de 1990, com 76 trabalhos.[9]

Em termos de expressão por distritos, o do Porto apresenta 87 trabalhos, seguindo-se Coimbra, com 47; Lisboa, com 36, Braga com 25; Viseu, com 13 e Castelo Branco com 10, com todos os restantes (e ilhas) abaixo da dezena. À data (2023), apenas o distrito de Portalegre não apresenta qualquer tuna com trabalho fonográfico.[10]

Referências