O musicalismo foi um movimento artístico fundado em Paris em 1932 pelo pintor francês Henry Valensi (1883 - 1960);[1] baseado na demonstração da equivalência de valores e sensações entre a pintura e a música. Inspirados pelas correspondências entre o visual e o sonoro apontadas pelos poetas Baudelaire e Rimbaud, onde os musicalistas criaram teorias diversas para produzir obras que refletissem sons.

Gustave Bourgogne propôs o bleuisme, uma teoria de que as vibrações sonoras são predominantemente azuis. Charles Blanc-Gatti idealizou uma orquestra,[2] baseada no musicalismo e[3] na relação entre as cores e os tons.[4]

Orquestra Cromofônica editar

A Orquestra Cromofônica (do inglês Chromophonic Orchestra) foi um grupo instrumental musicalista de concerto (em referência aos peintres-musicalistes)[5] idealizado em 1933 pelo pintor suiço Charles Blanc-Gatti,[6][3][7][8] com objetivo de demonstrar visualmente a relação existente entre a música e a pintura,[3] através de movimentos de efeitos luminosos sincronizados com as movimentações sonoras (as cores quentes são representados por sons graves e as cores frias por sons agudos[4]). Idealizado baseado nas ideias de Castel (1688-757) e do compositor russo Alexander Scriabin (1872-1915).[6] É considerada a primeira experiencia do tipo.[6][3]

Integrantes editar

Outros artistas editar

Outros artistas que estabeleceram analogias entre a pintura e a música, tais como: Castel (1688-757), Michael Matyushin (1861-1934), Alexander Scriabin (1872-1915),[2] Mikalojus Konstantinas Ciurlionis (1875-1911), Marsden Hartley (1877- 1943), Pamela Colman Smith (1878-1951), Arthur Dove (1880-1946), Henri Valensi (1883-1960), Morgan Russel (1886-1953), Xul Solar (1887-1963), Vladimir Baranov-Rossine (1888-1944), Stanton Macdonald-Wright (1890-1973), Carol Steen (1943-).

Ver também editar

Referências

  1. DUROZOI, Gérard. Diccionario Akal de Arte del Siglo XX. Ediciones AKAL, 1997. Página 457 (em espanhol)
  2. a b Caznók, Yara Borges (2003). Música entre o audível e o visível. São Paulo, SP: UNESP. OCLC 246907681. Resumo divulgativo 
  3. a b c d Martins, Mariana Zaparolli (2008). Audible Images: um sistema para síntese de imagens controladas por áudio (PDF). Col: INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA. São Paulo: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
  4. a b CAZNÓK, Yara Borges. Música: entre o audível e o visível. UNESP, 2004. Página 109
  5. FERREIRA, CRISTINA HENRIQUES LEITÃO JORGE (2008). MÚSICA E PINTURA: INTERINFLUÊNCIAS NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX (PDF). Col: Mestre em música e composição. [S.l.]: Universidade de Aveiro 
  6. a b c Caznók, Yara Borges (2003). Música entre o audível e o visível. São Paulo, SP: UNESP. OCLC 246907681. Resumo divulgativo 
  7. «A cor da música». vertixesonora.gal. Consultado em 30 de março de 2023 
  8. Caviedes, Rubén Díaz (9 de outubro de 2013). «Cromopianos, órganos de color y cromatófonos: así fracasó la música para los ojos - Jot Down Cultural Magazine» (em espanhol). Consultado em 30 de março de 2023 
  9. a b Martins, Mariana Zaparolli (2008). Audible Images: um sistema para síntese de imagens controladas por áudio (PDF). Col: INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA. São Paulo: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 

Ligações externas editar

  Este artigo sobre arte ou história da arte é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.