Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais

O Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE), anteriormente denominado Núcleo de Computação Eletrônica, é um instituto especializado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi por muitos anos a unidade responsável por administrar a área de Tecnologia da Informação (TI) da universidade. O NCE está localizado no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), na Cidade Universitária, Rio de Janeiro.

Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais
NCE
Fundação 2010 (14 anos)
Instituição mãe UFRJ
Tipo de instituição Instituto Especializado
Localização Rio de Janeiro, RJ,  Brasil
Campus Cidade Universitária
Página oficial nce.ufrj.br

História

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Criado em 1967, o NCE oferece programas de pós-graduação, extensão universitária, cursos avulsos, consultorias em diversas áreas, além de prestar serviços de organização de concursos para várias instituições públicas e privadas em todo o Brasil.

Em 1967, o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE), criou o Departamento de Cálculo Científico (DCC). O professor Alberto Coimbra, idealizador e diretor da COPPE na época, conseguiu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do BNDE e Fundação Ford, recursos para aquisição de um computador IBM 1130, para apoiar as pesquisas dos professores e alunos da instituição e convidou para organizar e dirigir esse departamento o então major da Aeronáutica Tércio Pacitti, até então responsável pelo computador IBM 1620 instalado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).[1]

Em 11 de novembro de 2010, no Conselho Universitário (Consuni), foi aprovada a transformação do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) em Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (NCE), modalidade que melhor define seu papel na UFRJ, pois desde sua criação a instituição atua no desenvolvimento, na pesquisa, no ensino e na extensão. Assim, sua denominação foi alterada de Núcleo de Computação Eletrônica para a atual com o nome do pesquisador Tércio Pacitti.[2]

 
NCE, localizado no prédio do CCMN.
 
Primeira turma do MBI.
 
Processador de ponto flutuante para o IBM 1130, primeiro projeto de hardware do NCE.
 
Equipe do projeto Rede local.
 
Equipe do projeto Plurix-pegasus.

Pesquisa

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O NCE desenvolve pesquisas de altíssimo nível em diversas áreas da Computação além de projetos de inclusão digital para pessoas com deficiência. A história da atividade de pesquisa no NCE, remonta praticamente à data da sua criação.

No artigo,[3] Ivan da Costa Marques, que liderava a equipe 'a época, descreve a estrategia e os resultados obtidos pelo NCE na década de 70.

Outros relatos das atividades de pesquisa do NCE nos seus primeiros vinte anos, são dados pelo Prof Paulo Bianchi França[4] e Prof Tércio Pacitti[5]

Software e hardware

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O primeiro projeto de desenvolvimento do NCE (à época ainda DCC), foi o COPPEFOR, um compilador FORTRAN residente que aumentou a velocidade de compilação dos programas doa usuários (alunos e professores da COPPE) em mais de 25 vezes quando comparado com o compilador fornecido pelo fabricante.

No computador IBM 1130, como em quase todos os outros computadores, quando se inicia o trabalho o computador carrega o compilador FORTRAN, compila o programa, carrega o programa objeto e aí o executa. A ideia foi deixar o compilador residente na memória que ia lendo os cartões , compilando e executando sem perder tempo, daí o grande aumento de velocidade. A concepção desse compilador residente foi do coordenador do DCC Denis França Leite e implementada pelo Pedro Salenbauch.

O primeiro projeto de hardware desenvolvido no NCE foi o PPF - Processador de ponto flutuante em 1973. O PPF que se interliga diretamente a UCP do IBM 1130, marcou o inicio de projetos nacionais na area de hardware. Financiado pelo BNDES, o PPF foi repassado a empresa Microlab que o industrializou em 1974.

Na área de Microeletrônica, a atuação do NCE teve início em 1981, com objetivos bem definidos de formação de mão-de-obra, criação de um laboratório de projetos de sistemas digitais e desenvolvimento completo de circuitos VLSI. O NCE firmou com a Universidade Autônoma de Puebla, no México, um Convênio de Cooperação Tecnológica que visava a fabricação de um microprocessador naquele país, a partir de ferramentas de software criadas no NCE. Na época foi fabricado o protótipo do microprocessador didático BRAMEX/1, com barramento de 8 bits usando tecnologia CMOS.[6]


Referências

  1. CHRONOS Revista Cultural da UNIRIO. N°5 ano 2 ,2009.
  2. "NCE comemora sua transformação em Instituto Tércio Pacitti". UFRJ
  3. Concepção e uso em produção dos protótipos do Núcleo de Computação Eletrônica/UFRJ na década de 1970. Ivan da Costa Marques. Publicado como capitulo 10 em: Aguirre e R. Carnota (ed.) Historia da Informatica en Latinoamerica y el Caribe: Investigaciones y testimonios. Rio Cuarto, Argentina: Universidad de Rio Cuarto, 2009.
  4. http://www.nce.ufrj.br/downloads/AssimSePassaram20Anos.pdf
  5. Construindo o Futuro atraves da Educação, Tercio Pacitti, ed Thomson 2002
  6. Pedroza et Alii. «Projeto e fabrigação de um microprocessador de oito bits com tecnologia latino-americana». Anais do Congresso da Sociedade Brasileira de Microeletrônica, 1987 [vago]

Ligações externas

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