Nanopoesia é poesia escrita em dimensões nanométricas, que correspondem a milionésimos de milímetros (nanómetro).

O primeiro nanopoema em língua portuguesa foi realizado em março de 2009 no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, na cidade de Campinas.[1] A obra, chamada Infinitozinho partiu da ideia do artista Juli Manzi (nome artístico de Giuliano Tosin) e é inspirada no poema homônimo, Infinitozinho, de Arnaldo Antunes, mede 35 X 440 nanômetros (nm), o equivalente a mil vezes menor que um fio de cabelo.[2]

A ideia surgiu após uma conversa de Juli Manzi com seu irmão, Giancarlo Tosin, físico do LNLS, e foi colocada em ação pelo professor do Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW) da Unicamp, Daniel Ugarte e pelo, na época, doutorando Luiz Henrique Tizei que realizou o procedimento de escrita no nanofio desenvolvido pelas pesquisadoras Thalita Chiaramonte e Mônica Cotta.[1] Durante o procedimento, a palavra-poema Infinitozinho foi escrita de trás para diante, a partir da extremidade livre do nanofio de fosfeto de índio, com furos feixe de elétrons gerado no microscópio eletrônico de transmissão em varredura modelo JEOL2100F-URP, inaugurado no mesmo ano no LNLS.[1]

Referências

  1. a b c BOMBIG, José Alberto. Brasileiros fazem o seu primeiro "nanopoema". Folha de S.Paulo, 27 de abril de 2009. Acesso em 18 de junho de 2015
  2. Barbieri, Jeverson (22 de março de 2010). «Nano transcrição». Campinas: Unicamp. Jornal da Unicamp. Consultado em 7 de junho de 2015