Neocapitalismo é uma doutrina econômica que mistura alguns elementos do capitalismo com elementos de outros sistemas econômicos.[1] Tem como referência as sociedades de países reconstruídos no pós-guerra, onde os 'excessos' do capitalismo seriam corrigidos pelo Welfare state e da implementação de políticas sociais.

A palavra 'neocapitalismo' foi usada inicialmente entre o final dos anos 1950 e o início dos anos 1960 por autores belgas e franceses de esquerda, dentre os quais André Gorz e Leo Michielsen. O termo foi posteriormente popularizado pelo economista marxista Ernest Mandel em trabalhos como Workers under Neo-Capitalism [2]e An Introduction to Marxist Economic Theory.[3][4]

Nos anos 1970, o sociólogo Michael Miller começou a usar o termo 'neocapitalismo' para se referir à mistura europeia ocidental de grandes empresas privadas, extensos programas sociais e intervenção seletiva do Estado, além de sindicatos atuando em parceria com o governo e empresas privadas em negociações, visando melhorar o nível dos salários, de um lado, e os gastos sociais do governo, de modo a evitar greves e protestos dos trabalhadores.[5]

Referências

  1. Neocapitalism, Time Magazine, 30 de outubro de 1964.
  2. Ernest Mandel, Workers Under Neo-capitalism (1968).
  3. Ernest Mandell, An Introduction to Marxist Economic Theory, Chapter III, "Neo-capitalism."
  4. Ernest Mandel,The Economics of Neo-Capitalism. The Socialist Register, vol. 1, 1964
  5. S. Michael Miller, "Notes on Neo-Capitalism", Theory and Society, vol. 2, nº 1 (Spring, 1975), pp. 1-35.

Bibliografia editar

  • BERGER, S. (Ed.). Organizing interest in Western Europe: pluralism, corporatism and the transformation of politics. Cambridge: Cambridge University, 1981.
  • GALBRAITH, J.K. O novo estado industrial. São Paulo: Nova Cultural, 1984.
  • HIRST, P.; BADER, Veit-Michael Bader. Associative Democracy: The Real Third Way. Londres: Frank Cass, 2001.
  • HIRST, P.; KHILNANI (Ed.). Reinventing democracy. Oxford: Blackwell, 1996 (número especial do Political Quarterly)
  • HIRST, P.; THOMPSON, G. Globalização em questão. Petrópolis: Vozes, 1999.
  • SHONFIELD, A. Modern capitalism: the changing balance of public and private power. Oxford: Oxford University, 1965.
  • SKIDELSKY, R. (Ed.). The end of the keynesian era. Londres: MacMillan, 1978.

Ver também editar

  Este artigo sobre economia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.